Flávio Bolsonaro critica perseguição contra a direita e aponta abusos de Alexandre de Moraes como ameaça à democracia

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Senador aponta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro e critica ações de Alexandre de Moraes.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificou como “perseguição política” os desdobramentos recentes envolvendo seu pai e outros aliados. Durante discurso no Senado Federal nesta terça-feira (26), ele defendeu uma anistia “ampla, geral e irrestrita” como medida essencial para restabelecer o equilíbrio entre os Poderes no Brasil.

A fala veio à tona após a Polícia Federal divulgar um relatório, sobre um suposto envolvimento de Jair Bolsonaro na organização de atos golpistas no fim de sua gestão. Flávio, no entanto, contestou as acusações e foi enfático ao criticar a atuação do ministro Alexandre de Moraes e do grupo especial da PF, apontando o que chamou de abusos e ilegalidades.

“Essa perseguição contra Bolsonaro e contra a direita não começou em 2022, em 2023 ou em 2024, começou muito antes. […] O único caminho para alguma normalidade e para algum reequilíbrio entre os Poderes é uma anistia que tem que ser ampla, geral e irrestrita – estou cada vez mais convicto disso –, que inclua, inclusive, o ministro Alexandre de Moraes, porque ele já deu vários exemplos de descumprir a lei do impeachment, no seu art. 39, inciso II, que fala muito claramente […] ‘proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa’. Isso é inquestionável, é um consenso entre todos aqui no Brasil”, declarou Flávio Bolsonaro.

A anistia, segundo o senador, deveria abranger não apenas políticos e agentes públicos, mas também policiais federais que, em sua visão, agiram de forma enviesada. Ele mencionou como exemplo o indiciamento de dois deputados federais, Marcel van Hattem e Cabo Gilberto Silva, por críticas direcionadas à PF e a Moraes:

“[…] Não são poucos os crimes cometidos por Alexandre de Moraes e por esse grupo especial de Lula na PF. E o que começa errado não tem como terminar certo. Nunca vi ninguém que faz o que Alexandre de Moraes está fazendo no mundo que, em determinado tempo, não vá sofrer as consequências pelas ilegalidades, arbitrariedades e abusos que cometeu”, afirmou.

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), reforçou o pedido de anistia como forma de promover a pacificação política no país. “Ao defendermos uma anistia, não o fazemos porque queremos anistiar crimes, até porque defendemos que aqueles que depredaram sejam punidos, nós queremos desarmar espíritos, nós queremos a volta da normalidade democrática, nós queremos que a Constituição seja cumprida, nós queremos que o escudo que nos protege e a lei possam voltar a vigorar em nosso país – é esse o sentido – e que a discussão política, importante e essencial, aconteça neste Parlamento, no Congresso Nacional”.

“Nós não podemos mais banalizar o fato de que Ministros do Supremo Tribunal Federal estejam constantemente fazendo política, fazendo declarações políticas, além das suas prerrogativas de magistrados. Isso desequilibra a democracia brasileira”, declarou.

A crescente interferência do STF e as decisões de Alexandre de Moraes têm sido alvos de críticas entre parlamentares e apoiadores do ex-presidente, que consideram a postura do ministro como um atentado à separação de Poderes e ao Estado Democrático de Direito.

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