
Uso de verba pública e patrocínio estatal no festival são alvos de questionamentos em meio à crise econômica.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação para apurar o possível uso irregular de recursos públicos no festival “Aliança Global – Festival Contra a Fome e a Pobreza”. Apelidado de “Janjapalooza”, o evento aconteceu no Rio de Janeiro, coincidindo com a cúpula do G20.
Uso de recursos públicos
O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) encaminhou ao TCU um pedido de investigação, alegando que o governo federal e estatais, como Petrobras e Itaipu Binacional, podem ter utilizado recursos de forma inadequada para financiar o evento. Segundo o parlamentar, o festival teria custado R$ 33,5 milhões, sendo R$ 18,5 milhões provenientes da Petrobras e R$ 15 milhões da Itaipu.
Para Sanderson, em um contexto de crise econômica e restrições fiscais, o gasto com um evento de entretenimento é questionável. Ele também apontou possíveis superfaturamentos e defendeu maior transparência na gestão dos recursos públicos.
“Não é admissível que recursos públicos sejam utilizados de forma questionável, principalmente em um momento em que o Brasil exige austeridade e responsabilidade fiscal. Esse tipo de gasto afronta os princípios básicos da gestão pública”, declarou o deputado.
Próximos passos
A investigação do TCU analisará os contratos e patrocínios firmados para o festival, além de avaliar se houve irregularidades nos valores pagos. O caso também reacendeu o debate sobre a transparência no uso de recursos estatais e o papel das empresas públicas em financiar eventos culturais, especialmente aqueles com alto custo em meio a desafios econômicos enfrentados pelo país.
À medida que a investigação avança, a polêmica em torno do festival reforça a necessidade de maior fiscalização e equilíbrio na gestão dos recursos públicos, buscando garantir que sejam destinados prioritariamente às áreas que mais impactam a população.
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