Estudos investigam micro-organismos únicos para avanços em saúde e monitoramento ambiental.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está conduzindo um projeto pioneiro na Antártica, parte do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), com o objetivo de estudar vírus, bactérias e fungos presentes no continente gelado. As pesquisas são essenciais para entender os riscos e benefícios desses organismos em relação à saúde humana e ao meio ambiente, incluindo o impacto de mudanças climáticas, como o degelo, que pode liberar micro-organismos antigos e desconhecidos.
Iniciado em 2018 com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto tem como base o Fiolab, um laboratório de última geração localizado na Estação Antártica Comandante Ferraz. Entre os objetivos está o desenvolvimento de novos medicamentos e tecnologias em saúde, aproveitando as características únicas de organismos adaptados ao ambiente extremo da Antártica, além de ampliar as capacidades de vigilância epidemiológica do Brasil.
A iniciativa também reforça o papel estratégico do Brasil no cenário científico internacional, uma vez que o país é signatário do Tratado da Antártica e membro do Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica (SCAR). O programa não apenas gera conhecimento científico, mas também contribui para monitorar condições climáticas e ambientais que afetam diretamente o Brasil, como correntes marítimas e variações meteorológicas.
O projeto da Fiocruz integra uma abordagem interdisciplinar e colaborações internacionais, consolidando o país como um líder em pesquisa antártica e inovação tecnológica voltada para a saúde e sustentabilidade.
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