Casos de ansiedade, depressão e outros transtornos estão aumentando entre crianças e adolescentes, exigindo atenção de pais, educadores e profissionais de saúde.
Por Paloma de Sá|GNEWSUSA
A saúde mental infantil tem se tornado um tema de extrema relevância global. Nos últimos anos, um aumento preocupante de casos de ansiedade, depressão e outros transtornos entre crianças e adolescentes tem chamado a atenção de especialistas. De acordo com dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 7 crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos no mundo sofre com algum transtorno mental. Ignorar esses sinais pode trazer consequências graves no desenvolvimento social, emocional e físico das crianças.
Os principais fatores de risco
Especialistas apontam que os principais fatores associados ao aumento dos problemas de saúde mental infantil incluem:
- Impactos da pandemia de COVID-19: O isolamento social, a perda de rotina e o ensino remoto contribuíram para o estresse e ansiedade em crianças.
- Uso excessivo de tecnologia e redes sociais: O tempo prolongado diante das telas tem sido associado a transtornos de ansiedade, baixa autoestima e depressão.
- Pressão acadêmica e bullying: As exigências escolares excessivas e situações de bullying ainda são problemas recorrentes em muitas instituições.
- Conflitos familiares: Problemas dentro do ambiente familiar, como separações ou falta de diálogo, afetam diretamente a saúde mental infantil.
Sinais de alerta: como reconhecer problemas
Pais e educadores devem estar atentos a mudanças no comportamento das crianças. Entre os principais sinais estão:
- Irritabilidade frequente ou explosões de raiva;
- Falta de interesse por atividades antes apreciadas;
- Distúrbios no sono ou na alimentação;
- Problemas escolares, como queda no desempenho ou dificuldade de concentração;
- Isolamento social.
Crianças muitas vezes não sabem expressar suas emoções verbalmente. É preciso observar os comportamentos para identificar sinais de sofrimento psicológico.
O papel dos pais e da sociedade
Promover um ambiente seguro e acolhedor é essencial para o desenvolvimento emocional saudável das crianças. O apoio dos pais, com diálogo aberto e tempo de qualidade, faz toda a diferença. Além disso, escolas têm papel fundamental ao oferecer projetos de educação socioemocional e treinamento para identificar comportamentos preocupantes.
Tratamento e prevenção
A busca por ajuda profissional, como psicólogos ou psiquiatras infantis, é fundamental nos casos mais graves. A terapia comportamental, o acompanhamento com especialistas e atividades como esportes e artes podem ajudar a aliviar sintomas de ansiedade e melhorar a autoestima.
O alerta está dado: ignorar a saúde mental infantil hoje pode comprometer o futuro das novas gerações.
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