Comportamentos e características que podem indicar autismo frequentemente passam despercebidos na fase adulta, mas o diagnóstico é essencial para a qualidade de vida.
Por Paloma de Sá| GNEWSUSA
O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental que pode manifestar-se em diversos graus de intensidade, incluindo casos identificados apenas na fase adulta. Isso ocorre, especialmente, quando os sinais são leves ou mascarados por estratégias sociais desenvolvidas ao longo da vida.
Principais sintomas de autismo em adultos
Os adultos no espectro podem apresentar uma variedade de sintomas, muitas vezes relacionados a dificuldades sociais, comunicação e sensibilidade sensorial. Entre os sinais mais comuns estão:
- Dificuldade em interações sociais: Inclui problemas para iniciar ou manter conversas, interpretar expressões faciais ou compreender o que os outros sentem.
- Comunicação literal: Tendência a interpretar de forma direta o que é dito, com dificuldade em captar sarcasmo, ironias ou nuances emocionais.
- Sensibilidade sensorial elevada: Sons, luzes ou texturas podem causar grande desconforto ou ansiedade.
- Apego a rotinas: Alterações inesperadas podem gerar estresse significativo.
- Interesses restritos e intensos: Foco excessivo em hobbies ou temas específicos, muitas vezes em detrimento de outras atividades.
- Dificuldade em entender normas sociais: Situações que exigem empatia ou compreensão de contextos podem ser desafiadoras.
- Uso atípico de comunicação não verbal: Contato visual limitado, gestos incomuns ou dificuldade em utilizar linguagem corporal de forma fluida.
Por que o diagnóstico na vida adulta é importante?
Muitos adultos que descobrem estar no espectro relatam alívio ao compreenderem que suas dificuldades têm explicação científica e não são falhas pessoais. Um diagnóstico correto pode abrir caminhos para terapias e estratégias que melhoram a qualidade de vida.
As mulheres, em particular, podem mascarar os sinais, exibindo comportamentos sociais que escondem as dificuldades. Isso contribui para que o diagnóstico feminino frequentemente ocorra mais tarde.
Como confirmar o diagnóstico?
A avaliação é feita por neurologistas, psiquiatras ou psicólogos especializados, com base em entrevistas, histórico de vida e observação de comportamentos. Testes específicos podem auxiliar, mas o diagnóstico requer uma análise profunda e detalhada.
Tratamentos disponíveis
Embora não exista cura, o tratamento do TEA visa reduzir dificuldades e maximizar potencialidades. Estratégias incluem terapia cognitivo-comportamental, treinamento social e, em alguns casos, medicamentos para tratar condições associadas como ansiedade ou depressão. O suporte adequado pode ajudar na adaptação às demandas do dia a dia e promover uma vida mais plena e satisfatória.
Essa compreensão crescente do autismo em adultos tem sido um avanço crucial para reconhecer e valorizar as diferenças neurodiversas em nossa sociedade.
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