Jornalista dedicou 77 anos de sua vida ao ofício do jornalismo.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Léo Batista, uma figura icônica do jornalismo esportivo e torcedor fervoroso do Botafogo, faleceu aos 92 anos neste domingo (19) no Rio de Janeiro, após uma batalha contra um tumor no pâncreas. Sua partida deixa um legado inestimável na televisão aberta, onde sua paixão pelo futebol e talento como comunicador brilharam intensamente.
O boletim médico revelou que Léo foi internado no último dia 6, na unidade hospitalar da Freguesia, zona oeste do Rio, apresentando desidratação e dores abdominais, quadro que se agravou nos dias seguintes.
Natural de Cordeirópolis, São Paulo, Léo Batista, cujo nome de nascimento era João Baptista Bellinaso Neto, era filho de imigrantes italianos.
Sua trajetória no jornalismo esportivo começou em 1952, quando foi contratado pela Rádio Globo como locutor e redator. Sua estreia como comentarista esportivo ocorreu em uma partida no Maracanã, onde ganhou o apelido de ‘Léo Batista‘, sugerido por seu chefe Luiz Mendes, que considerava seu nome original pouco sonoro.
Em 1978, Léo foi um dos fundadores do icônico programa ‘Globo Esporte‘, que continua a cativar audiências até hoje. Ele também teve papel fundamental na criação do ‘Jornal Hoje‘, estreado em 1971, e foi parte do ‘Globo Rural‘, além de narrar gols no ‘Fantástico‘. Entre as décadas de 1980 e 1990, Léo apresentou um bloco esportivo no Jornal Nacional aos sábados.
Reconhecido por muitos como “A Voz Marcante“, Léo Batista emocionou gerações de torcedores com suas narrações vibrantes. Sua contribuição às transmissões esportivas da Rede Globo o consagrou como uma das vozes mais respeitadas da história do jornalismo esportivo.
Além de sua atuação como narrador, ele foi âncora dos programas Globo Esporte e Jornal Hoje, consolidando-se como uma figura central na cultura esportiva brasileira.
DEPOIMENTOS
A morte do jornalista Leo Batista deixou uma onda de pesar entre famosos. Confira:
- O jornalista Alex Escobar compartilhou uma homenagem nas redes sociais, destacando o talento de Leo como um excepcional contador de histórias. “Seo Léo era uma força da natureza, sempre disposto e cheio de palavras. Eu parava para ouvir suas narrativas fascinantes, não só pelas histórias em si, mas também para demonstrar a admiração que sentia por ele”, escreveu Escobar.
- O locutor Everaldo Marques também se manifestou, enfatizando o impacto que a voz de Leo teve ao longo das gerações. “Hoje é um dia triste para a televisão brasileira e para o jornalismo. Perdemos uma voz que ecoou por tanto tempo”, afirmou.
- Milton Neves recordou outro grande nome do jornalismo esportivo, Fernando Vanucci, que faleceu em 2020, e ponderou que agora eles estão juntos. “Vanucci e Léo Batista se reencontram no céu. Dois grandes botafoguenses, sem dúvida”, declarou.
- O sambista Neguinho da Beija-Flor também expressou sua tristeza, lembrando como Leo fez parte de sua trajetória. “Ele foi uma presença marcante em minha vida! Que descanse em paz e que Deus traga conforto aos seus amigos e familiares”, postou no Instagram.
- André Rizek ressaltou a paixão de Leo pelo Botafogo, elogiando seu legado na televisão. “Ele fez tudo o que se pode imaginar e ainda deixou sua marca no que estava por vir. Um gênio eterno que teve a alegria de ver o Botafogo campeão. Obrigado por tudo”, escreveu.
Além deles, outros artistas, como os atores Ary Fontoura e Thiago Rodrigues, a atriz Paloma Bernardi e o comediante Marcos Veras, também lamentaram a perda, refletindo sobre a importância de Leo Batista na história do jornalismo esportivo brasileiro.
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