Traficantes utilizavam rota marítima para transportar drogas do Paraguai ao estado; criminosos fugiram durante abordagem.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Em uma operação estratégica, a Polícia Civil de São Paulo apreendeu 500 kg de cocaína escondidos em uma lancha atracada em uma marina no Guarujá, litoral sul paulista. A ação, realizada pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Santo André, revelou o uso de uma nova rota marítima para o tráfico de drogas internacionais.
A operação e a abordagem
A investigação que culminou na apreensão começou em junho de 2024, quando os policiais apreenderam 110 tijolos de cocaína que seriam transportados do litoral paulista para uma cidade do ABC Paulista. Desde então, a equipe intensificou o monitoramento de movimentações suspeitas relacionadas ao tráfico de entorpecentes.
Na terça-feira (7), os policiais identificaram uma operação de transbordo de drogas entre uma lancha e um barco em uma marina do Guarujá. Durante a abordagem, os traficantes que estavam na lancha conseguiram fugir em alta velocidade. A equipe permaneceu no local para inspecionar o barco, onde foram encontrados 500 tijolos de cocaína cuidadosamente escondidos.
A embarcação, segundo os policiais, havia atracado sem autorização na marina, alegando apresentar defeitos e necessitar de reparos. Essa justificativa levantou suspeitas e ajudou a direcionar as investigações.
A rota do tráfico
As autoridades acreditam que a droga apreendida teve origem no Paraguai e foi transportada até o litoral paulista por via marítima. A cocaína seria distribuída para a região metropolitana de São Paulo, onde seria preparada e revendida para traficantes locais e internacionais.
A descoberta da rota marítima evidencia um esforço dos traficantes para evitar as vias tradicionais de transporte, que estão sob maior vigilância policial. Essa estratégia revela o dinamismo das organizações criminosas em buscar métodos alternativos para transportar grandes quantidades de entorpecentes.
Desdobramentos da investigação
Após a apreensão, os 500 tijolos de cocaína foram encaminhados ao Instituto de Criminalística para perícia. O caso foi registrado como tráfico de drogas e localização de objeto na Dise de Santo André, que segue à frente das investigações.
Os policiais agora concentram esforços para identificar e capturar os criminosos envolvidos na operação. A fuga dos ocupantes da lancha aponta para um esquema bem estruturado, e a polícia acredita que outras pessoas estejam envolvidas na logística e distribuição da droga.
Impacto da apreensão
A apreensão de 500 kg de cocaína representa um grande golpe para o tráfico de drogas no estado de São Paulo. Essa quantidade de entorpecentes, avaliada em milhões de reais, seria suficiente para abastecer o mercado ilegal por meses.
A operação também trouxe à tona a necessidade de reforçar a fiscalização em marinas, portos e regiões costeiras do estado, especialmente diante da descoberta de uma nova rota marítima. A Polícia Civil reforçou seu compromisso em intensificar ações para combater o tráfico de drogas e desarticular organizações criminosas.
Próximos passos
Com a continuidade das investigações, as autoridades esperam identificar os responsáveis pela remessa e distribuição da cocaína. O monitoramento de atividades suspeitas em áreas litorâneas deve ser ampliado, e operações conjuntas entre as polícias Civil e Federal estão sendo planejadas para prevenir novos carregamentos.
Essa operação destaca a importância da atuação integrada e estratégica das forças policiais para combater o tráfico internacional de drogas e proteger a população.
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