Polícia intima suspeito de injúria racial contra Léo do Athletico após ofensas em clássico contra o Curitiba

Foto: Reprodução.
Jogador registrou Boletim de Ocorrência e cobra respeito e igualdade; caso segue sob investigação da Demafe.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Polícia Civil do Paraná, por meio da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), intimou um suspeito de ter cometido injúria racial contra o zagueiro Léo, do Athletico, após o jogador ser chamado de “macaco” durante o empate entre o Athletico e o Coritiba no último sábado (27), no Couto Pereira.

Investigação e identificação do suspeito

De acordo com informações, o Coritiba realizou uma investigação interna utilizando imagens captadas no estádio e conseguiu identificar um possível responsável pelas ofensas. A Demafe seguiu com as investigações e chegou à mesma pessoa. Contudo, as imagens ainda não são totalmente conclusivas, o que levou a polícia a tratar o suspeito como tal, mas com a decisão de intimá-lo para depoimento. A expectativa é de que o depoimento ocorra nesta terça-feira, 30 de janeiro. A identidade do suspeito ainda não foi revelada pela polícia.

Posicionamento de Léo

O jogador Léo compareceu à delegacia na última segunda-feira (27) para registrar o boletim de ocorrência. Ao chegar ao local, ele expressou seu desconforto com o ocorrido, destacando a importância da luta contra o racismo.

“É um momento difícil. Eu luto por essa causa e passar por isso não é legal. Fiquei muito próximo da minha família neste momento. Agora, vamos fazer o que precisa ser feito para que isso não aconteça mais com ninguém. O que peço é respeito e igualdade”, afirmou Léo.

Pedido de prisão preventiva

O delegado da Demafe, Luiz Carlos de Oliveira, informou que, assim que a identidade do suspeito for confirmada, um pedido de prisão preventiva será solicitado. Ele também enfatizou que é fundamental combater comportamentos racistas, especialmente no contexto esportivo.

“O trabalho de identificação não é fácil, mas estamos próximos de resolver o caso. Até o meio da semana devemos identificar o responsável e pedir a prisão preventiva. Não podemos permitir mais atos de racismo no século XXI. A conscientização é crucial, pois todos somos iguais, independentemente da etnia”, disse o delegado.

O crime de injúria racial é punido de acordo com a Lei nº 14.532, sancionada em janeiro de 2023, que prevê penas de reclusão de dois a cinco anos, além de multa e proibição de frequentar locais destinados a práticas esportivas, artísticas ou culturais por até três anos. O caso segue em andamento, e a polícia promete seguir com a investigação para responsabilizar o autor das ofensas.

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