Senador americano pressiona Lula, presidente do Brasil, por resposta firme às ameaças do ditador venezuelano Maduro

Foto: reprodução
Rick Scott exige que Brasil rejeite declarações de Nicolás Maduro sobre Porto Rico.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

O senador republicano Rick Scott, da Flórida, enviou uma carta ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, exigindo uma resposta firme às recentes declarações de Nicolás Maduro. O líder venezuelano, durante um evento em Caracas, fez um apelo às forças armadas brasileiras para que se unissem à Venezuela em uma invasão a Porto Rico, território dos Estados Unidos.

Maduro, em sua fala, classificou a ação como uma “libertação” do território caribenho, acusando os EUA de colonização.

A governadora de Porto Rico, Jennifer González, reagiu imediatamente, pedindo ao governo Trump que reforçasse a defesa da soberania americana e condenasse as ameaças de Maduro.

Na carta, Rick Scott alertou que as declarações do presidente venezuelano são um incitamento perigoso à guerra, colocando em risco a paz regional. O senador também criticou Lula por não responder de forma imediata e contundente, sublinhando a necessidade de o Brasil se posicionar ao lado das democracias do hemisfério contra o que chamou de “tirania” de Maduro.

Scott enfatizou a importância de uma resposta formal do governo brasileiro, pedindo que a questão seja levada a fóruns internacionais como a Organização dos Estados Americanos e as Nações Unidas.

Ele também destacou a necessidade de alertar sobre as alianças de Maduro com regimes hostis como China, Rússia e Irã.

“Caro Presidente Lula:

No sábado, 11 de janeiro de 2025, ao comemorar sua posse ilegítima, o ditador Nicolás Maduro convocou os militares brasileiros a invadir o território dos EUA. Ao pedir a “libertação” de Porto Rico, Maduro incitou descaradamente a guerra contra os Estados Unidos por meio do governo brasileiro. A comunidade internacional já sabe que Maduro roubou esta eleição do povo venezuelano e do presidente eleito Edmundo González, e agora ele recorreu a ameaças aos Estados Unidos e fez americanos reféns. Não podemos tolerar isso.

O resto do hemisfério e eu consideramos essas declarações de Maduro inflamatórias, perigosas e inaceitáveis. No entanto, eles representam exatamente quem esse bandido é:

um ditador assassino que perturba a paz da região enquanto empobrece ainda mais a Venezuela e oprime seus cidadãos.

Tal incitamento não pode ficar sem resposta. O hemisfério, e francamente o mundo, merece uma resposta imediata do governo brasileiro às palavras perigosas de Maduro.

Peço ao governo brasileiro que responda formal e claramente e informe aos governos do hemisfério qual é sua resposta oficial a essas ameaças perigosas. Peço também que você explique exatamente como o governo brasileiro planeja lidar com a incitação de Maduro à agressão militar na Organização dos Estados Americanos ou nas Nações Unidas.

Espero que o governo brasileiro concorde que qualquer um que tente menosprezar as palavras de Maduro como mera retórica política deve se lembrar de que tais comentários são sérios e perigosos demais para passar despercebidos.

Além disso, o governo brasileiro foi questionado pelo comentário imprudente de Maduro porque sugere que ele acredita que o Estado brasileiro estaria interessado em tal agressão militar.

É importante que todos expressem publicamente os perigos que Maduro representa para a paz e a estabilidade na região e no mundo, já que ele é o anfitrião dos piores inimigos que os Estados Unidos e nossos aliados enfrentam; ou seja, China comunista, Rússia, Irã e seus representantes. Cabe a você, como todos os líderes mundiais amantes da liberdade, se manifestar contra as ameaças de Maduro”.

A carta reforça o posicionamento pró-Trump de Scott, defendendo a política de segurança nacional dos Estados Unidos e pedindo que o Brasil se afaste de qualquer alinhamento com regimes autoritários.

Leia mais

Como proteger a saúde durante e após uma inundação

Bolsonaro designa Michelle como representante na posse de Trump após decisão controversa de Moraes

Projeto na Flórida quer limitar acesso de imigrantes ilegais às universidades públicas

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*