Senado suspende primárias obrigatórias e Argentina avança na redução de gastos

Medida apoiada por Milei elimina custos desnecessários e fortalece autonomia partidária.

Por Ana Mendes | GNEWSUSA

O Senado da Argentina aprovou a suspensão das Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (Paso), garantindo um importante avanço na política de austeridade defendida pelo presidente Javier Milei. Com 43 votos favoráveis, 20 contrários e seis abstenções, a decisão alivia os cofres públicos e permite que os partidos organizem suas próprias seleções internas sem depender de recursos estatais.

A medida, que já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados com ampla maioria, tem como principal benefício a economia de dinheiro público.

O governo argumenta que as Paso se tornaram um processo dispendioso e desnecessário, funcionando mais como uma pesquisa prévia do que como um mecanismo essencial para a democracia.

“As Paso, que foram apresentadas para resolver a falta de consenso, se revelaram apenas uma pesquisa cara que aumentou os gastos do Estado”, destacou o senador governista Bruno Olivera Lucero. Com a mudança, o país elimina custos elevados e direciona os recursos para áreas prioritárias, alinhando-se ao compromisso do governo de reduzir despesas e promover maior eficiência na administração pública.

Maior eficiência e liberdade partidária

Além da economia financeira, a suspensão das primárias obrigatórias fortalece a independência dos partidos políticos, permitindo que cada legenda decida, de forma voluntária, como escolher seus candidatos.

Essa flexibilização representa um avanço na democracia interna das siglas, que agora têm mais autonomia para definir seus próprios critérios de seleção.

A decisão também evita que partidos menores sejam excluídos prematuramente do processo eleitoral, garantindo uma competição mais aberta e representativa. Sem a barreira dos 1,5% mínimos exigidos nas Paso, novas forças políticas terão mais espaço para crescer e disputar votos diretamente nas eleições gerais.

Com essa mudança, a Argentina dá um passo importante rumo a um sistema eleitoral mais dinâmico, enxuto e eficiente, reforçando a agenda de Milei para modernizar o país e reduzir a carga financeira sobre o Estado.

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