Deputado critica decisões de Moraes e alerta para ataques à liberdade de expressão.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste domingo, 2, que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode determinar a apreensão de seu passaporte nos próximos dias. Segundo ele, essa ação seria parte de uma estratégia para impedir sua atuação internacional, onde denuncia abusos do Judiciário brasileiro contra conservadores e opositores do governo Lula.
A declaração vem após deputados do PT solicitarem que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue Eduardo Bolsonaro por suas viagens aos Estados Unidos.
Os parlamentares o acusam de atentar contra a soberania nacional, alegando que ele buscou retaliações contra Moraes e o Brasil ao expor a perseguição judicial sofrida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Eduardo Bolsonaro criticou o que considera um conluio entre o STF, o PT e a PGR para avançar com o pedido. “Os deputados do PT fazem a narrativa, o Alexandre de Moraes puxa para ele dizendo que se trata de mais um caso do 8 de janeiro, manda para a Procuradoria-Geral da República, depois manda um recado ou fala diretamente com o Paulo Gonet e diz ‘olha, aceita aí para não ficar tão feio parecendo que sou só eu perseguindo o Eduardo’”, denunciou o deputado em entrevista.
Para ele, a tentativa de impedi-lo de viajar ao exterior está diretamente ligada ao medo do governo Lula e do STF de que suas arbitrariedades sejam expostas a líderes estrangeiros e à imprensa internacional.
Em uma publicação anterior, Eduardo reafirmou que continuará denunciando a perseguição política no Brasil. “Vai ter que cortar minha língua para me fazer parar”, afirmou.
Censura, perseguição e a ameaça à democracia
O Judiciário brasileiro tem sido alvo de críticas por decisões que, na prática, limitam a liberdade de expressão e impõem censura sobre determinados temas. Um exemplo recente foi o bloqueio da plataforma Rumble no Brasil, determinado por Moraes, sob a justificativa de que a empresa não possui representante legal no país. A decisão, sem base clara na legislação nacional, causou revolta, sendo comparada a práticas autoritárias.
Nos Estados Unidos, a Trump Media e a Rumble entraram com um processo contra Alexandre de Moraes, acusando-o de abuso de poder e interferência na soberania americana. O episódio evidenciou como decisões do STF extrapolam as fronteiras brasileiras e geram preocupação em países que ainda respeitam a liberdade de expressão.
O próprio governo dos Estados Unidos criticou publicamente a censura imposta por Moraes.
O Departamento de Estado classificou o bloqueio de redes sociais como uma medida antidemocrática, que fere os princípios da liberdade de imprensa e do direito à informação. Em resposta, o Itamaraty acusou Washington de interferência indevida, demonstrando a fragilidade diplomática do governo Lula.
A pressão contra Moraes aumentou ainda mais após o Congresso americano começar a debater um projeto de lei que pode impedir a entrada de autoridades estrangeiras que reprimem a liberdade de expressão. Embora o nome de Moraes não seja citado diretamente, congressistas americanos já condenaram suas ações, deixando claro que o alvo principal da proposta é o ministro brasileiro.
Tentativa de barrar Eduardo Bolsonaro na Comissão de Relações Exteriores
Outro fator que pode estar por trás da tentativa de impedir Eduardo Bolsonaro de viajar é sua possível indicação para presidir a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados.
Como maior partido da Casa, o PL pretende colocá-lo no cargo, o que daria ao deputado influência sobre tratados e acordos internacionais assinados pelo governo Lula.
“Quando Lula assina algum acordo internacional, para ele começar a valer para o Brasil, precisa da aprovação do Congresso”, explicou Eduardo. “O primeiro local dentro da Câmara dos Deputados que esse tratado internacional vai parar é na mesa do presidente da Comissão de Relações Exteriores.”
A possibilidade de Eduardo assumir essa posição desagrada o governo e setores do Judiciário, que querem manter controle absoluto sobre as relações externas do Brasil. Como aliado próximo de Donald Trump e defensor do conservadorismo, Eduardo representa um obstáculo para os interesses globalistas que Lula e sua base política tentam impor ao país.
Recentemente, Eduardo esteve ao lado do influenciador Paulo Figueiredo Filho, que também denuncia perseguições do STF, para reuniões nos Estados Unidos.
Eles discutiram a interferência externa nas eleições brasileiras e a necessidade de ações internacionais para frear os abusos de poder cometidos no Brasil.
O Brasil à beira do autoritarismo?
As decisões recentes do STF e do governo Lula indicam uma escalada perigosa contra as liberdades individuais e o direito à oposição. O controle das redes sociais, a censura contra jornalistas independentes e as tentativas de criminalizar parlamentares conservadores mostram um cenário que se assemelha a regimes ditatoriais.
O caso de Eduardo Bolsonaro é mais um exemplo de como o sistema está sendo manipulado para calar vozes contrárias ao governo. Se sua previsão se confirmar e seu passaporte for apreendido, será mais uma prova de que o Brasil caminha para um futuro onde o Judiciário serve a um único propósito: silenciar aqueles que ousam desafiar o poder.
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