Estudo sugere que biomarcadores no sangue do cordão umbilical podem indicar predisposição ao transtorno do espectro autista (TEA), abrindo caminho para novas formas de intervenção precoce.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Pesquisadores da Universidade de Fukui, no Japão, identificaram um possível biomarcador no sangue do cordão umbilical que pode estar associado ao desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O estudo, publicado recentemente, encontrou níveis anormais de um composto lipídico chamado diHETrE em recém-nascidos que posteriormente apresentaram sintomas de autismo.
O TEA é uma condição neurológica complexa que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Atualmente, o diagnóstico geralmente ocorre entre os dois e cinco anos de idade, quando sinais clínicos começam a se manifestar. No entanto, a descoberta de biomarcadores sanguíneos poderia permitir uma identificação muito mais precoce, possibilitando intervenções ainda na infância.
De acordo com os cientistas, níveis alterados de diHETrE no sangue do cordão umbilical foram associados a dificuldades de interação social e comportamentos repetitivos mais tarde na infância. Embora o estudo seja promissor, os especialistas alertam que mais pesquisas são necessárias para validar os achados e determinar se o teste pode ser implementado em larga escala na prática clínica.
“Essa descoberta pode representar um avanço significativo na identificação precoce do autismo, permitindo que médicos e familiares tenham acesso a estratégias de tratamento antes mesmo do aparecimento dos primeiros sintomas”, afirmou um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo.
Apesar dos avanços, os cientistas reforçam que o autismo é uma condição multifatorial, influenciada por fatores genéticos e ambientais. Assim, o diagnóstico definitivo continuará a depender da observação clínica e de avaliações especializadas.
Com o progresso das pesquisas, especialistas esperam que novas abordagens para o diagnóstico precoce do TEA possam ser desenvolvidas, auxiliando na melhoria da qualidade de vida das crianças afetadas pela condição e suas famílias.
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