
Mais de 90% da população mundial respira ar poluído, com níveis alarmantes em diversas regiões.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Em 2024, um impressionante 93% da população mundial foi exposta a níveis de poluição do ar superiores aos padrões recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo novos dados divulgados pela agência Reuters. A poluição atmosférica continua sendo um dos maiores desafios ambientais e de saúde pública do planeta, afetando bilhões de pessoas diariamente.
Países mais poluídos e os impactos à saúde
Os países com os piores índices de qualidade do ar incluem Chade, Bangladesh e Paquistão, onde os níveis de poluentes ultrapassam em mais de 15 vezes os limites estabelecidos pela OMS. A exposição a essa poluição extrema está diretamente associada ao aumento de doenças respiratórias, cardiovasculares e até mesmo câncer, tornando-se uma das principais causas de mortes prematuras no mundo.
Especialistas alertam que a má qualidade do ar está ligada a fatores como queima de combustíveis fósseis, emissões industriais, desmatamento e queimadas. Em regiões como o sul da Ásia e a África Subsaariana, a dependência de fontes de energia poluentes, como carvão e madeira para cozinhar, agrava ainda mais a situação.
Os poucos países com ar seguro
Em contraste com esse cenário preocupante, apenas sete países conseguiram manter a qualidade do ar dentro dos padrões da OMS em 2024: Austrália, Nova Zelândia, Bahamas, Barbados, Granada, Estônia e Islândia. Essas nações possuem regulamentações ambientais mais rígidas, maior investimento em energias renováveis e menor densidade populacional, fatores que contribuem para a qualidade do ar mais limpa.
Contudo, especialistas apontam que a ausência de dados concretos em diversas regiões do planeta, especialmente na África e em partes da Ásia, impede uma análise completa da real extensão da crise da poluição do ar.
Monitoramento e desafios para o futuro
A situação pode se agravar ainda mais com o recente desligamento do programa de monitoramento da qualidade do ar dos Estados Unidos. Essa decisão reduz significativamente a disponibilidade de dados confiáveis em tempo real, dificultando a criação de políticas públicas eficazes para combater o problema.
Além disso, a crise climática está diretamente ligada ao aumento da poluição do ar. Eventos extremos como incêndios florestais, tempestades de areia e ondas de calor intensificam a presença de partículas finas e gases tóxicos na atmosfera. A tendência é que, sem medidas urgentes e globais, a qualidade do ar continue piorando nos próximos anos.
A OMS reforça que a luta contra a poluição atmosférica deve ser uma prioridade mundial, com investimentos em energias limpas, transportes sustentáveis e políticas ambientais mais rigorosas. A inação pode custar milhões de vidas e agravar ainda mais os impactos das mudanças climáticas no planeta.
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