
Eswin Mejia, fugitivo por quase uma década, enfrentará julgamento pelos crimes de homicídio veicular e direção sob a influência de álcool na morte de Sarah Root.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
Eswin Mejia, o homem acusado de matar Sarah Root, foi finalmente extraditado de Honduras para os Estados Unidos. O caso, que remonta a 2016, ficou marcado pela luta por justiça da família da vítima e pela criação da Lei de Sarah, uma legislação que exige a detenção de imigrantes ilegais que cometem crimes violentos contra cidadãos americanos.
Mejia, que tinha 28 anos na época de sua prisão, foi detido em Honduras em fevereiro de 2025, após uma busca internacional que durou quase nove anos. Ele é acusado de homicídio veicular, direção sob a influência de álcool (DUI), não comparecimento ao tribunal, e outros crimes relacionados ao acidente fatal que matou Sarah Root em Omaha, Nebraska, em 31 de janeiro de 2016.
O caso de Sarah Root
Sarah Root, uma jovem de 21 anos de Council Bluffs, Iowa, estava comemorando sua graduação universitária quando foi fatalmente atingida por um carro dirigido por Eswin Mejia. O acidente ocorreu em Omaha, Nebraska, perto da 33rd e L Street. Naquele dia, Sarah estava em seu carro quando foi atingida por Mejia, que estava dirigindo sob efeito de álcool, com seu nível de concentração equilibrado três vezes acima do limite legal.
O impacto foi fatal e Sarah morreu no local, deixando sua família devastada. Mejia, que estava ilegalmente no país, foi detido após o acidente. No entanto, em um movimento que chocou as autoridades, ele foi libertado sob fiança de apenas US$ 5.000. Após a soltura, Mejia fugiu para Honduras e foi forgido até ser capturado quase nove anos depois.
A lei de Sarah e a luta por justiça
A morte de Sarah Root gerou indignação e motivou a senadora Joni Ernst, do estado de Iowa, a criar a Lei de Sarah, que exige que imigrantes ilegais que cometem crimes violentos sejam detidos até a deportação. O caso de Sarah se tornou um exemplo da luta por mais segurança nas leis de imigração e pela responsabilização de imigrantes ilegais que cometem crimes graves nos Estados Unidos.
A Lei de Sarah foi finalmente sancionada pelo presidente Donald Trump em 2024, como uma emenda à Lei Laken Riley, após anos de esforços legislativos da delegação federal de Iowa. Esta legislação foi criada para garantir que estrangeiros ilegais que cometem crimes violentos contra cidadãos americanos sejam detidos e não possam escapar da justiça.
Reações das autoridades e líderes locais
O Secretário de Segurança Interna dos EUA, Marco Rubio, comentou sobre a extradição de Mejia: “Nove anos atrás, Sarah foi tragicamente morta por um imigrante ilegal que depois fugiu do nosso país. Hoje, o governo Trump está anunciando a extradição do assassino de Sarah de Honduras para os Estados Unidos para enfrentar a justiça de uma vez por todas.”
O presidente Trump também enfatizou o compromisso de seu governo com a segurança dos americanos, destacando a importância de responsabilizar imigrantes ilegais que cometem crimes: “A extradição e prisão desse criminoso estrangeiro é um marco importante na busca por justiça para Sarah Root e sua família. Esse estrangeiro ilegal nunca deveria ter estado nos Estados Unidos.“
A senadora Joni Ernst, que foi uma defensora incansável da família Root, expressou sua satisfação com a extradição: “O governo Trump nunca esqueceu a história de Sarah Root. Juntos, lutamos por justiça para responsabilizar o imigrante ilegal que tirou sua vida. Os habitantes de Iowa e todos os americanos sabem que este governo sempre colocará nossos cidadãos em primeiro lugar.”
O governador de Nebraska, Jim Pillen, e o vice-governador Joe Kelly também se manifestaram, expressando gratidão às autoridades federais e estaduais, além de agradecer ao trabalho conjunto com as autoridades hondurenhas para garantir que Eswin Mejia fosse trazido de volta aos Estados Unidos.
A jornada de Mejia
Mejia, um imigrante ilegal, foi inicialmente encontrado por autoridades de imigração em maio de 2013, quando entrou nos Estados Unidos sem inspeção adequada. Ele foi libertado sob sua própria fiança enquanto aguardava os procedimentos de imigração, mas acabou vivendo ilegalmente em Omaha com um irmão, até ser preso em 2016 após o acidente.

Em 2016, após ser libertado sob fiança, Mejia fugiu para Honduras, onde permaneceu por anos. Ele foi incluído na lista de “Mais Procurados” do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE). Sua captura só aconteceu em fevereiro de 2025, quando as autoridades hondurenhas, em cooperação com os Estados Unidos, localizaram o fugitivo.
O futuro do caso
Agora extraditado, Eswin Mejia enfrentará julgamento nos Estados Unidos, onde responderá pelas acusações de homicídio veicular e outras infrações relacionadas ao trágico acidente que vitimou Sarah Root. A extradição e a iminente responsabilização de Mejia trazem um sentimento de justiça para a família Root, que, por quase uma década, buscou respostas e ações legais para garantir que o responsável pela morte de Sarah fosse finalmente preso.
A extradição também reforça a luta das autoridades para garantir que imigrantes ilegais que cometem crimes violentos não sejam protegidos por leis que permitam sua fuga da justiça, como aconteceu no caso de Eswin Mejia.
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