
Professor aposentado de 69 anos foi condenado a 14 anos de prisão pelo 8 de janeiro no Brasil
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Mesmo enfrentando um câncer de próstata em estágio avançado, Jaime Junkes, de 69 anos, teve seu pedido de prisão domiciliar rejeitado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O professor aposentado foi condenado a 14 anos de prisão por ter participado dos atos de 8 de janeiro e foi preso dentro do Palácio do Planalto em 2023.
Os advogados de Junkes solicitaram a substituição da pena devido à gravidade de sua condição de saúde. Além do câncer, ele possui problemas cardíacos e outras comorbidades que exigem acompanhamento médico contínuo. Apesar disso, Moraes acatou o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se posicionou contra a concessão da prisão domiciliar. “A PGR manifestou-se pelo indeferimento dos pedidos de recolhimento do mandado de prisão e de substituição pela prisão domiciliar, sem prejuízo da concessão de permissão de saída para tratamento médico”, decidiu o ministro.
Infarto e internação após nova ordem de prisão
O cenário se agravou recentemente quando Junkes sofreu um infarto no momento em que agentes cumpriam um novo mandado de prisão em sua casa, na cidade de Arapongas (PR). Ele precisou ser encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Araucária, em Londrina, onde passou por um cateterismo e segue hospitalizado.
Mesmo diante da emergência médica, Moraes manteve sua decisão e justificou que “este STF entende ser ausente a comprovação da excepcionalidade da situação concreta apta a flexibilizar a regra que consta no art. 117 da Lei de Execuções Penais”. A PGR argumentou que os advogados não apresentaram laudos médicos atualizados, apenas registros médicos antigos.
Saúde debilitada e risco de volta à prisão
Antes da nova prisão, Junkes permaneceu detido por oito meses na Papuda e só obteve o direito de cumprir medidas cautelares em casa com tornozeleira eletrônica. Em maio de 2024, foi preso novamente sob alegação de “risco de fuga”, mas, após dez dias, conseguiu autorização para voltar para casa. Na época, já dependia de fraldas geriátricas e usava uma sonda para urinar.
Agora, internado e com a saúde cada vez mais debilitada, Junkes pode ser levado para um presídio assim que receber alta hospitalar. Caso isso aconteça, os atendimentos médicos deverão ser realizados apenas sob autorização judicial.
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