
Três soldados do Exército dos Estados Unidos foram presos sob acusações graves de conspiração, suborno e roubo de informações confidenciais.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Dois soldados ativos do Exército dos EUA e um ex-militar foram presos sob acusações de conspiração, suborno e roubo de informações confidenciais. O 1º Tenente Li Tian, o Sargento Jian Zhao e o ex-soldado Ruoyu Duan são suspeitos de participar de um esquema para obter e vender dados sensíveis do governo americano, segundo comunicado do Departamento de Justiça.
Li Tian, que atuava como administrador de serviços de saúde na Base Conjunta Lewis-McChord, em Washington, e Ruoyu Duan, que serviu entre 2013 e 2017, conspiraram entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado para acessar informações sobre operações militares do Exército. Tian teria fornecido a Duan documentos técnicos detalhados sobre os veículos blindados Bradley e Stryker em troca de dinheiro. As autoridades afirmam que ele buscava beneficiar interesses estrangeiros e comprometer a segurança nacional.
Em um caso separado, o Sargento Jian Zhao, também lotado na mesma base, é acusado de vender discos rígidos marcados como “SECRETO” e “ALTAMENTE SECRETO” a compradores na China. De acordo com os promotores, Zhao teria recebido pelo menos US$ 15 mil (aproximadamente R$ 85,5 mil) por informações sensíveis, incluindo detalhes sobre o lançador de foguetes múltiplos Himars. Ele foi flagrado negociando documentos sigilosos por meio de mensagens criptografadas, discutindo a prontidão militar dos EUA em caso de conflito com a China.
Investigação e repercussão
O FBI e o Comando de Contrainteligência do Exército conduziram as investigações e alertaram sobre a ameaça representada por espionagem de estados adversários. A procuradora-geral Pam Bondi declarou que os acusados “traíram os Estados Unidos” ao fortalecer nações rivais em detrimento da segurança nacional.
Ela garantiu que os réus enfrentarão uma “justiça rápida e severa” e destacou que Zhao, em particular, pode ser condenado à prisão perpétua. O general Rhett R. Cox, comandante do Comando de Contrainteligência do Exército, enfatizou que o caso “reflete a crescente ameaça da inteligência estrangeira ao Exército e à segurança do país”.
LEIA TAMBÉM:
Faça um comentário