
Pesquisadores alertam para os efeitos a longo prazo de medicamentos como zolpidem e diazepam.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
O uso prolongado de medicamentos para dormir pode estar associado a um risco maior de desenvolver demência, de acordo com recentes estudos científicos. O National Institute on Aging (NIA), dos Estados Unidos, e a Alzheimer’s Association destacam que certos fármacos amplamente utilizados para insônia e ansiedade podem comprometer a saúde cognitiva a longo prazo, aumentando a vulnerabilidade ao declínio cognitivo.
Estudos apontam relação entre sedativos e declínio cognitivo
Um estudo de longo prazo revelou que indivíduos que fazem uso contínuo de remédios para dormir, como zolpidem, diazepam e clonazepam, apresentam um risco significativamente maior de desenvolver demência. A pesquisa identificou que o efeito é mais pronunciado em certos grupos populacionais e está diretamente relacionado à frequência e ao tipo de medicação utilizada.
Medicamentos sedativos atuam no sistema nervoso central para induzir o sono, mas seu uso contínuo pode levar a efeitos colaterais, como dificuldades motoras, tontura e comprometimento da memória. Esses efeitos, quando persistem ao longo dos anos, podem contribuir para o surgimento de doenças neurodegenerativas.
Alternativas mais seguras para o tratamento da insônia
Diante dos riscos potenciais, especialistas recomendam alternativas mais seguras para o tratamento da insônia. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem sido apontada como uma solução eficaz para melhorar a qualidade do sono sem o uso de substâncias químicas. Além disso, a adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, o controle da pressão arterial e uma dieta equilibrada, pode ajudar a reduzir o risco de demência.
Embora a melatonina tenha sido sugerida como uma opção mais segura, os pesquisadores alertam que seus efeitos a longo prazo ainda precisam ser mais estudados. O foco principal deve estar na adoção de estratégias naturais para promover um sono saudável e proteger a saúde cognitiva ao longo da vida.
A necessidade de conscientização sobre o uso de sedativos
Diante das novas descobertas, médicos e autoridades de saúde reforçam a necessidade de maior cautela ao prescrever medicamentos para dormir, especialmente para idosos. A conscientização sobre os impactos a longo prazo dessas substâncias e a busca por alternativas não farmacológicas são passos essenciais para garantir uma melhor qualidade de vida e prevenir doenças neurodegenerativas.
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