
Após aprovação da Anvisa, Ministério da Saúde solicita análise da Conitec para inclusão do imunizante no calendário nacional.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
A vacina contra a Chikungunya, desenvolvida pelo laboratório austríaco Valneva em parceria com o Instituto Butantan, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com o registro concedido, o Ministério da Saúde dará início ao processo de solicitação para que o imunizante seja incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O próximo passo é a avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), responsável por analisar a inclusão de novas tecnologias e vacinas na rede pública. Essa etapa é fundamental para que o imunizante passe a ser ofertado gratuitamente à população brasileira.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a aprovação da vacina representa um marco importante no combate às arboviroses no país. “Toda vez que surge uma nova vacina registrada, é uma excelente notícia para a saúde pública. E quando envolve instituições como a Anvisa e o Instituto Butantan, o impacto é ainda maior. Vacinar é defender a vida”, afirmou.
Combate à doença e avanço científico
A Chikungunya é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e do vírus Zika. Os sintomas incluem febre alta e fortes dores nas articulações, que podem se tornar crônicas. Introduzido no Brasil em 2014, o vírus já circula em todos os estados. Até o momento, foram registrados mais de 68 mil casos em 2025, com 56 mortes confirmadas.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão, destacou a importância da nova vacina no contexto atual. “A Chikungunya vem se espalhando pelo país nos últimos anos. Ter uma vacina eficaz e segura traz esperança para a população”, ressaltou.
Tecnologia nacional com reconhecimento internacional
A vacina, de dose única e baseada em vírus atenuado recombinante, é indicada para adultos a partir de 18 anos que estejam sob risco de exposição ao vírus. Contudo, não deve ser administrada em gestantes nem em pessoas imunocomprometidas.
Antes de receber o aval da Anvisa, o imunizante já havia sido aprovado por outras agências regulatórias de referência mundial, como a FDA (Estados Unidos) e a EMA (União Europeia).
A produção inicial da vacina será realizada na Alemanha pela empresa IDT Biologika GmbH, com previsão de transferência de tecnologia ao Instituto Butantan, que futuramente assumirá a fabricação no Brasil.
Resultados promissores e compromissos futuros
O registro concedido pela Anvisa foi baseado em estudos clínicos que comprovaram a segurança e a capacidade da vacina de induzir uma resposta robusta de anticorpos neutralizantes. Um Termo de Compromisso foi firmado entre a agência reguladora e o Instituto Butantan para a realização de novos estudos no Brasil, com foco na efetividade, segurança e farmacovigilância ativa.
Com o avanço do processo, o Brasil dá um importante passo para garantir o acesso da população a mais uma ferramenta de prevenção, fortalecendo a resposta do sistema de saúde frente às doenças transmitidas por mosquitos.
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