
Passageiros foram resgatados após embarcação colidir com pedras entre Soure e Salvaterra; embarcação operava sem autorização.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Na noite da última sexta-feira (4), um barco de transporte de passageiros afundou no trecho entre as cidades de Soure e Salvaterra, no Arquipélago do Marajó, no Pará. A embarcação levava cerca de 60 pessoas e, apesar do susto, ninguém ficou ferido.
De acordo com testemunhas, o barco — identificado informalmente como “Ana Clara II” — havia saído da capital, Belém, com destino ao município de Chaves. Durante o trajeto, o casco da embarcação bateu em pedras submersas, o que provocou a entrada de água e o naufrágio.
Todos os ocupantes foram resgatados com vida, graças à rápida atuação do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, que chegaram ao local pouco tempo após o acidente. Os passageiros conseguiram sair da embarcação antes que ela afundasse completamente.
A embarcação operava de forma irregular
A tragédia só não foi maior, mas o caso expôs um problema antigo da região: o transporte aquaviário clandestino. Segundo as autoridades de regulação do Pará, o barco não possuía registro oficial nem autorização para realizar transporte de passageiros. Isso significa que a viagem estava sendo feita sem qualquer tipo de fiscalização, controle de segurança ou plano de emergência adequado.
A Capitania dos Portos e a Polícia Civil estão investigando o ocorrido. Um inquérito foi aberto para apurar as responsabilidades criminais e administrativas dos envolvidos na operação do barco.
Falta de fiscalização agrava risco nas comunidades ribeirinhas
Esse tipo de transporte irregular é comum em áreas do Norte do país, onde o acesso terrestre é limitado e a população depende fortemente dos rios para se locomover. A ausência de fiscalização regular, somada à falta de opções seguras e acessíveis, empurra muitas famílias a utilizar embarcações sem segurança básica.
O episódio reforça a necessidade urgente de reforço na fiscalização dos transportes fluviais e na criação de alternativas seguras e acessíveis para os moradores da região amazônica.
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