
Operação no Triângulo Mineiro cumpre mandado de prisão contra homem condenado a mais de 8 anos de cadeia por emitir certificados e documentos acadêmicos irregulares sem autorização oficial.
Por Ana Raquel|GNEWSUSA
A Polícia Federal (PF) efetuou a prisão de um ex-diretor de faculdade na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, na última sexta-feira (25 de abril). O homem, que não teve a identidade revelada, foi condenado pela Justiça Federal por sua participação em um esquema de falsificação de diplomas, certificados de conclusão e outros documentos oficiais relacionados ao ensino superior.
O mandado de prisão, expedido pela Justiça Federal de Jaú, no estado de São Paulo, foi cumprido após meses de investigações. As autoridades constataram que o acusado utilizava seu cargo de chefia para emitir documentos acadêmicos falsos, sem qualquer tipo de validação ou autorização do Ministério da Educação (MEC), colocando em risco a segurança jurídica do ensino superior no país.
De acordo com informações divulgadas pela Polícia Federal, o ex-diretor foi considerado culpado por mais de 280 crimes de falsidade ideológica, todos ligados à manipulação e venda de documentos acadêmicos. Esses papéis, falsamente registrados, eram utilizados por terceiros para obtenção de empregos, promoções e até para inscrição em cursos de pós-graduação e concursos públicos.
Entre os documentos falsificados estavam diplomas de graduação e pós-graduação, históricos escolares e certificados de conclusão, expedidos sem nenhum respaldo legal. A prática ilegal prejudicava tanto o MEC quanto instituições de ensino e cidadãos de boa-fé, que confiavam na veracidade desses registros acadêmicos.
Após sua prisão, o ex-diretor foi encaminhado para o sistema penitenciário mineiro, onde permanecerá à disposição da Justiça para cumprimento da pena de 8 anos e 8 meses de reclusão. As investigações sobre o caso continuam, e a Polícia Federal busca identificar possíveis colaboradores e beneficiários do esquema, além de mapear a rede de distribuição dos documentos fraudulentos.
O caso reacende o alerta sobre fraudes no setor educacional brasileiro e a importância da fiscalização rigorosa de instituições de ensino e registros acadêmicos.
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