EUA: novas regras para green card por casamento buscam restaurar a confiança no sistema de imigração

Foto: reprodução
Mudanças no formulário e entrevistas obrigatórias buscam coibir fraudes e restaurar integridade no sistema imigratório.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

O processo de obtenção de green card por casamento está passando por um necessário endurecimento sob a nova administração Trump. Após anos de políticas frouxas que abriram brechas para fraudes e inconsistências, o governo atual retoma o controle e traz de volta critérios mais rigorosos para quem deseja conquistar a residência permanente nos Estados Unidos por meio de matrimônio.

Desde o dia 3 de abril, o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) passou a aceitar exclusivamente o novo formulário I-485, reformulado em janeiro.

A atualização inclui exigências detalhadas sobre a renda da família, bens, dívidas e histórico de assistência pública. A intenção é clara: ter uma visão mais ampla e realista da condição do solicitante e evitar concessões precipitadas.

Além disso, o novo formulário passa a solicitar dados sobre a formação educacional, licenças profissionais e competências. A exigência não é para excluir, mas para qualificar e garantir que o processo seja transparente e justo para todos os lados.

Uma das principais correções promovidas pela atual gestão foi o retorno das entrevistas presenciais obrigatórias para os casais.

Uma etapa que havia sido amplamente ignorada durante o governo Biden. Sob a justificativa de “agilizar” os processos, a antiga administração flexibilizou essa fase essencial de verificação, o que, na prática, abriu espaço para casamentos de conveniência e fraudes documentais.

Agora, oficiais do USCIS estão retomando as entrevistas com base em orientações internas. A medida faz parte de um esforço do governo Trump para reestabelecer a triagem eficiente que sempre marcou o sistema imigratório norte-americano.

A partir de 10 de abril de 2025, o governo americano ampliará suas barreiras contra discursos de ódio ao incorporar, oficialmente, a análise de postagens antissemitas em redes sociais como critério na avaliação de pedidos de imigração.

A nova política, liderada pelo Departamento de Segurança Interna (DHS), alcança solicitantes de green card, estudantes internacionais e estrangeiros com vínculos a grupos ou entidades ligados a práticas hostis contra a comunidade judaica.

A medida, parte de um pacote de ordens executivas assinadas por Trump, reforça a prioridade do governo em impedir que simpatizantes de ideologias extremistas ou apoiadores de organizações como Hamas, Hezbollah e os Houthis — todas consideradas terroristas pelos EUA — encontrem espaço no país. Com esse posicionamento firme, a administração atual corrige falhas das gestões anteriores.

Com a medida, o atual governo demonstra compromisso em proteger o país sem comprometer a legalidade dos processos. A mensagem é clara: quem quer construir uma vida legítima nos Estados Unidos será bem-vindo — mas com transparência, responsabilidade e dentro das regras.

Leia mais

Brasil: Polícia Civil do Rio de Janeiro prende dois suspeitos em operação contra lavagem de dinheiro do tráfico de drogas

Brasil: discussão entre passageiros em trem da CPTM termina com três esfaqueados em São Paulo

Crianças e cães são resgatados de sistema de esgoto no Colorado, e bombeiros fazem alerta sobre riscos

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*