Operação é atualmente composta por três policiais e um funcionário civil, todos atuando em regime parcial; redução ocorreu mesmo após novo depoimento.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O orçamento destinado à Operação Grange — força-tarefa da Polícia Metropolitana de Londres que investiga o desaparecimento de Madeleine McCann — sofreu mais uma redução. Para o ano fiscal de 2025-2026, o Ministério do Interior britânico aprovou £108 mil (cerca de R$831 mil), valor £84 mil inferior ao do ano anterior.
Desde sua criação, em 2011, a operação já consumiu mais de £13,5 milhões (aproximadamente R$104 milhões), mesmo sem ter resultado em prisões ou acusações formais relacionadas ao desaparecimento da menina. Atualmente, a equipe da força-tarefa foi reduzida a apenas três policiais e um funcionário civil, todos atuando em regime parcial, segundo informações.
O caso Madeleine
Madeleine McCann desapareceu em 3 de maio de 2007, aos três anos, durante as férias com a família na Praia da Luz, no Algarve, em Portugal. No próximo mês, o caso completará 18 anos, sem que se tenha chegado a uma conclusão definitiva, apesar de algumas novas linhas investigativas surgidas nos últimos anos.
Em 2020, o alemão Christian Brueckner foi apontado por promotores como principal suspeito do crime, mas até hoje não foi formalmente acusado no caso. Ele está preso na Alemanha, cumprindo pena de sete anos por estuprar uma mulher americana na mesma região, mas deve ser libertado ainda este ano. Um recurso envolvendo outro processo criminal contra ele segue pendente.
Novas pistas, orçamento menor
Mesmo com uma possível nova pista revelada no ano passado durante um julgamento na Alemanha, o corte orçamentário foi mantido. O detetive Mark Draycott, envolvido na operação, revelou que em 2017 recebeu um telefonema de Helge Busching — um contrabandista condenado — afirmando ter informações relevantes sobre Brueckner. Segundo Draycott, Busching relatou uma frase dita por Brueckner que chamou atenção: “É estranho que Madeleine não tenha gritado.”
A partir desse contato, houve nova colaboração entre autoridades britânicas, portuguesas e alemãs, que incluiu uma viagem a Atenas. A utilidade da informação, no entanto, foi posteriormente questionada em tribunal. O detetive negou qualquer pagamento ao informante, mencionando apenas reembolsos de pequenas despesas.
O Ministério do Interior do Reino Unido afirmou que o financiamento da Operação Grange é avaliado anualmente conforme os critérios de Subsídios Especiais. Questionado no Parlamento, o governo destacou que a condução da investigação cabe à Polícia Metropolitana de Londres.
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