Com sistema de saúde sobrecarregado, município registra alta expressiva de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), incluindo 20 mortes. Medida é válida por 180 dias.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
A Prefeitura de Florianópolis decretou, na quarta-feira (1º), estado de emergência em saúde pública devido ao aumento significativo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A decisão, válida por 180 dias, foi publicada no Diário Oficial do Município e autoriza uma série de ações emergenciais para conter o avanço da doença e evitar o colapso do sistema de saúde.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 459 casos de SRAG foram registrados nos primeiros quatro meses de 2025, resultando em 20 óbitos. As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatais, pediátricas e adultas estão operando no limite, e a ocupação dos leitos de retaguarda atingiu 100%, dificultando o atendimento nas emergências.
Nas três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital catarinense, o número de atendimentos por infecções respiratórias cresceu significativamente: 84,6% entre crianças e 42,5% entre adultos.
Medidas emergenciais autorizadas
Com o decreto, a prefeitura está autorizada a adotar medidas como:
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Dispensa de licitação para aquisição de insumos e serviços;
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Contratação temporária de profissionais de saúde;
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Renovação de contratos prestes a vencer;
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Ampliação da carga horária de servidores já contratados.
Hospitais da rede pública e conveniada ao SUS também deverão priorizar leitos clínicos com suporte ventilatório e UTIs para casos de SRAG. Todos os processos administrativos relacionados à emergência terão tramitação prioritária.
A gestão municipal reforçou que as ações devem proteger principalmente grupos vulneráveis, como crianças e idosos, e poderão ser prorrogadas se o cenário não melhorar.
O que é a SRAG?
A SRAG é uma complicação grave causada por infecções respiratórias, como gripe, covid-19, pneumonia bacteriana ou fúngica, que provocam inflamação nos pulmões e comprometem a respiração. Os sintomas incluem falta de ar, dor no peito, coloração arroxeada nos lábios e extremidades, além de febre e perda de apetite.
O tratamento varia de acordo com a origem da infecção e pode envolver oxigenoterapia, ventilação mecânica, medicamentos antivirais, antibióticos ou antifúngicos, além de fisioterapia respiratória.
Prevenção é essencial
A principal forma de prevenção é evitar as infecções que levam à SRAG. Para isso, a vacinação contra gripe e covid-19 é altamente recomendada. Medidas de higiene, como lavar as mãos com frequência, cobrir o rosto ao tossir e evitar locais fechados ou aglomerações, também são fundamentais, especialmente nos meses mais frios.
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