
Mais de R$ 400 milhões movimentados e drogas escondidas em caminhões frigoríficos estão no centro da ofensiva policial deflagrada nesta quarta-feira.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (21), a Operação Atelís, uma ofensiva de grande porte para desmantelar uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A ação mobilizou forças policiais em diversos municípios dos estados de São Paulo e Mato Grosso.
Foram expedidos e cumpridos 40 mandados de busca e apreensão, 17 de prisão preventiva e 6 de prisão temporária, além de 54 ordens judiciais para bloqueio de bens e valores dos investigados. A operação se concentrou nas cidades de São José do Rio Preto (SP), Mirassol (SP), Tanabi (SP), Ipiguá (SP) e Pontes e Lacerda (MT).
Drogas entre carnes em caminhões frigoríficos
As investigações apontaram que o grupo criminoso utilizava uma estrutura logística sofisticada para o transporte de grandes quantidades de entorpecentes. A droga era escondida entre cargas de carnes transportadas em caminhões frigoríficos, estratégia que dificultava a fiscalização e permitia o abastecimento de diferentes pontos do país.
De acordo com os levantamentos da PF, a organização movimentou cerca de R$ 400 milhões nos últimos quatro anos, oriundos do tráfico e da lavagem de dinheiro. Durante esse período, a Polícia Federal realizou apreensões significativas relacionadas a esse grupo, incluindo 2.183 kg de cocaína, 508 kg de maconha, duas armas de fogo e a prisão de dez envolvidos.
Operação mobilizou mais de 300 agentes de segurança
Para o cumprimento das ordens judiciais, a ofensiva policial contou com a participação de 200 policiais federais, 100 policiais militares e integrantes do GAECO (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). O principal objetivo desta fase da operação é prender os líderes da organização e identificar os responsáveis pela lavagem dos recursos ilícitos.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas que, somadas, podem ultrapassar 30 anos de prisão.
A Polícia Federal informou que as investigações seguem em andamento, com o objetivo de mapear a totalidade das conexões do grupo e o destino dos valores obtidos por meio das atividades ilegais.
Leia mais
Juiz federal suspende nova lei de imigração de Oklahoma por duas semanas
Autoridades de imigração dos EUA multam imigrante ilegal em US$ 1,8 milhão
Organização Mundial da Saúde aprova por consenso o primeiro Acordo Pandêmico
Faça um comentário