Brasil: Polícia Federal desmantela esquema bilionário de fraudes previdenciárias em Minas Gerais

Operação Egrégora revelou esquema criminoso que desviou milhões do INSS por meio de benefícios fraudulentos concedidos a pessoas inexistentes. 

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (6), uma operação que desarticulou uma das mais antigas e estruturadas redes de fraude contra o sistema previdenciário brasileiro. Batizada de Operação Egrégora, a ação resultou na prisão de três pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa responsável por desvios milionários no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Minas Gerais.

De acordo com a investigação, o esquema funcionava há quase 20 anos e utilizava documentos falsificados para criar identidades fictícias, com o objetivo de obter benefícios previdenciários de forma irregular. Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em oito endereços ligados aos investigados, localizados em diferentes municípios mineiros.

Entre as fraudes identificadas, grande parte estava ligada ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) — auxílio direcionado a idosos em situação de vulnerabilidade social ou pessoas com deficiência que não possuem meios de garantir sua subsistência. Segundo os investigadores, até idosos verdadeiros participavam do esquema, se passando por supostos beneficiários fantasmas para facilitar a retirada dos valores.

O prejuízo estimado aos cofres públicos ultrapassa R$ 11,5 milhões. A operação contou com apoio de órgãos de fiscalização e controle, responsáveis por intensificar o combate a irregularidades no setor previdenciário.

A ofensiva faz parte de uma série de ações que começaram com a Operação Sem Desconto, responsável por identificar irregularidades no desconto automático de benefícios previdenciários. A investigação levou à exoneração de dirigentes do INSS e à suspensão de acordos com sindicatos e associações, como medida preventiva contra novas fraudes.

Em resposta a essas descobertas, a Advocacia-Geral da União (AGU) também formou um grupo especial de trabalho, responsável por recuperar os valores desviados e propor medidas de prevenção. Até o momento, mais de R$ 1 bilhão em bens de investigados já foram bloqueados pela Justiça, evidenciando a gravidade e extensão das práticas ilícitas contra a Previdência.

As investigações seguem para identificar outros envolvidos e apurar se o esquema operava em outras regiões do país.

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