Cientistas reforçam existência da Zelândia, o continente quase invisível

Com cerca de 5 milhões de quilômetros quadrados, a Zelândia teria se separado do supercontinente Gondwana há aproximadamente 85 milhões de anos.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

Escondida sob as águas do Pacífico Sul, a Zelândia é uma vasta massa continental que permanece quase totalmente submersa. Apenas cerca de 5% de sua área aparece acima do mar — principalmente na Nova Zelândia e em algumas ilhas vizinhas —, mas suas características geológicas têm feito cientistas considerá-la um continente à parte.

Com aproximadamente 5 milhões de quilômetros quadrados, a Zelândia teria se separado do antigo supercontinente Gondwana há cerca de 85 milhões de anos. Gondwana reunia territórios que hoje formam a América do Sul, África, Antártida, Austrália e partes da Ásia. A Zelândia teria se desprendido primeiro da Antártida Ocidental, e depois da Austrália.

Um estudo de 2023 apontou que o afinamento e o resfriamento da crosta terrestre foram fatores que levaram a maior parte da Zelândia a afundar sob o mar.

Provas que emergem aos poucos

A ideia de que a Zelândia é um continente vem sendo debatida há décadas, mas só nos últimos anos as evidências ganharam força. Amostras de rochas revelaram composições e idades similares às de outros continentes, e não de crostas oceânicas comuns. Entre os materiais encontrados estão arenitos, fragmentos vulcânicos e lavas basálticas datadas do Cretáceo ao Eoceno.

Além disso, padrões magnéticos no fundo do oceano coincidem com os períodos de formação dessas rochas, indicando atividade tectônica antiga e consolidando a hipótese de que a Zelândia é uma estrutura continental definida.

Um laboratório submerso para a ciência

Apesar de submersa, a Zelândia é um verdadeiro laboratório natural para estudar a formação e fragmentação dos continentes. A movimentação das placas tectônicas, incluindo o estiramento da crosta e a subducção (quando uma placa desliza sob outra), foi crucial para o afundamento da região.

Os cientistas destacam que estar debaixo d’água não diminui a importância geológica da Zelândia. Sedimentos mostram que partes dela permaneceram acima do nível do mar por milhões de anos, e lavas recentes revelam atividade vulcânica contínua ligada à dinâmica das placas.

Com tecnologias modernas, como imagens sísmicas e perfurações oceânicas, pesquisadores esperam explorar ainda mais esse território oculto. A Zelândia pode oferecer respostas sobre como os continentes se movem, como influenciam os oceanos, o clima e até a biodiversidade global.

 

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