
Durante depoimentos ao STF, aliados do ex-presidente rechaçam qualquer plano de ruptura e destacam preocupações legítimas com o processo eleitoral.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Em mais uma etapa das oitivas conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal, três ex-ministros do governo Bolsonaro prestaram depoimento nesta quinta-feira (29) e rejeitaram veementemente a ideia de que tenha existido qualquer discussão sobre ruptura institucional durante reunião realizada em julho de 2022.
Adolfo Sachsida, que comandava o Ministério de Minas e Energia à época, fez questão de esclarecer que não presenciou nenhuma conversa com teor antidemocrático. “Não me recordo de qualquer discussão sobre golpe de Estado ou sobre a abolição violenta do Estado Democrático de Direito.” A fala reforça o que Bolsonaro e seus apoiadores vêm dizendo desde o início: críticas ao sistema eleitoral não significam desprezo pela democracia.
Já Bruno Bianco, que ocupava o cargo de advogado-geral da União, foi enfático ao afirmar que sua participação no encontro tinha caráter técnico e absolutamente regular. “Fui convocado para tratar de uma cartilha da AGU sobre condutas vedadas a agentes públicos e políticos em período eleitoral,” afirmou, deixando claro que a reunião seguiu padrões normais dentro de um governo preocupado com a legalidade. Ele ainda ressaltou: “Na minha leitura, estávamos num período eleitoral, de ânimos acirrados por questões eleitorais. Havia uma posição específica sobre as posturas nesse período, mas eu não vi qualquer tipo de questão que envolvesse ruptura.”
A postura serena e objetiva dos depoentes desmonta a versão amplamente divulgada de que Bolsonaro teria tentado mobilizar sua equipe para um golpe. O próprio Wagner Rosário, ex-ministro da Controladoria-Geral da União, explicou que os temas debatidos giraram em torno de como garantir maior confiabilidade ao sistema eleitoral. “Foram discutidas possíveis fragilidades no sistema de votação eletrônica, com o objetivo de aprimoramento e para se ter um resultado fidedigno.”
É importante destacar que os três ex-ministros foram ouvidos como testemunhas de defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, também acusado injustamente de envolvimento em tentativa de golpe. Os depoimentos colaboram para enfraquecer a tese sustentada por setores do Judiciário e da imprensa de que haveria um plano orquestrado para minar a democracia.
Enquanto parte da mídia tenta pintar uma narrativa de ruptura, os relatos diretos de quem esteve presente na reunião revelam outro cenário: o de um governo preocupado com a integridade do processo eleitoral, debatendo abertamente os mecanismos de fiscalização e segurança do voto eletrônico — algo que deveria ser considerado salutar em qualquer democracia.
Ao longo das investigações, o nome de Jair Bolsonaro tem sido repetidamente citado, mas sem provas concretas de ações fora da legalidade. O que se vê, mais uma vez, é a tentativa de criminalizar a opinião e deslegitimar um ex-presidente que jamais compactuou com atos autoritários. As falas dos ex-ministros, prestadas sob juramento, reafirmam isso com clareza.
As oitivas seguem até o início de junho, mas os depoimentos prestados nesta quinta-feira já representam um duro golpe contra a narrativa fantasiosa de que o governo Bolsonaro tenha conspirado contra a democracia. Pelo contrário, fica cada vez mais evidente que o ex-presidente e seus ministros agiram com responsabilidade, firmeza e total respeito à Constituição.
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