
Com apoio das pastas da Defesa e Segurança, governo argentino inicia a Operação Roca, reforçando o controle territorial nas fronteiras com o Brasil, Paraguai e Bolívia.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A Argentina dá início a uma nova fase no combate ao crime organizado em sua região fronteiriça. Determinado a restaurar o controle do Estado sobre áreas historicamente vulneráveis, o presidente Javier Milei autorizou o envio de tropas militares às fronteiras com o Brasil, Bolívia e Paraguai, numa ação de grande escala que integra a recém-lançada Operação Roca.
Ao contrário de gestões anteriores, que preferiram evitar a militarização das fronteiras, o atual governo optou por uma abordagem robusta e direta. O plano envolve patrulhamento terrestre, aéreo e fluvial em zonas pouco povoadas, onde o tráfico de drogas, o contrabando e outras atividades ilegais têm ganhado terreno nos últimos anos.
Mais de 10 mil soldados farão parte da operação, com 1.300 designados especificamente para atuar nas fronteiras. Equipamentos de alta tecnologia, como drones, radares móveis e aeronaves de vigilância, reforçam o contingente. O destaque fica por conta do uso de uma aeronave Diamond, empregada na coleta de dados e no rastreamento de alvos suspeitos.
Ao comentar sobre o papel das tropas, o ministro da Defesa, Luis Petri, foi direto:
“[Atuarão com] o equipamento, capacitação e as normas imprescindíveis para que possam, entre outras coisas, prender delinquentes, traficantes de drogas e terroristas, mas também poder repelir uma agressão quando assim sofrerem”, declarou, reiterando o respaldo legal e institucional aos militares em campo.
O reforço na região de Misiones, na divisa com os estados brasileiros de Santa Catarina e Paraná, será um dos primeiros focos da operação. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, confirmou a ampliação do controle nessa área e deixou claro que a movimentação será constante.
“Agora vamos ir para outros pontos, vamos para a fronteira de Misiones com o Brasil”, afirmou em entrevista à Rádio Mitre.
Bullrich também alertou sobre a vulnerabilidade da região, onde a travessia entre países pode ser feita a pé em alguns trechos, favorecendo a entrada de criminosos.
“Um problema muito sério”, disse, citando casos de “assassinatos por pistoleiros” como exemplos da escalada de violência transfronteiriça.
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