Novo sistema de controle de fronteiras provoca filas de até 4 horas no aeroporto de Lisboa

Os novos sistemas de controle de fronteiras causaram transtornos ao longo desta semana, provocando filas demoradas na área de imigração.

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Viajantes que não são oriundos dos 27 países da União Europeia (UE) estão enfrentando longas filas nos aeroportos de Portugal, sobretudo da capital Lisboa. Os novos sistemas de controle de fronteiras, que passaram a vigorar efetivamente na última segunda-feira (19), estão provocando filas para passar pela área de imigração de até 4 horas. O sistema já vinha em fase de testes, causando transtornos, mas o problema se intensificou esta semana.

O caos gerado tem provocado tanto estresse nos passageiros, que algumas pessoas passaram mal nas filas, chegando a desmaiar. O serviço médico do aeroporto teve de ser acionado para prestar socorro. “Vi vários passageiros sentando no chão, deitando nos cantos da área de imigração ou mesmo desmaiando por dificuldades de se manterem de pé por tanto tempo”, relatou o empresário argentino Luis Esnal, imigrante que mora em Lisboa há três anos e meio com a esposa e dois filhos pequenos. Embora tenha autorização de residência no país, sua família ainda não possui.

Ele disse que desembarcou do Brasil em Lisboa às 6h45 de terça-feira (20), entrou na fila de imigração às 7h30 e só foi atendido às 11h30. O empresário falou que, em momentos de greve, já tinha enfrentado problemas no atendimento da imigração no aeroporto de Lisboa, mas nada se compara com o que viu esta semana. “Havia mais de 800 pessoas, de todas as partes do mundo, atônitas, sem saber o que estava acontecendo”, narrou.

Integração aos sistemas de informações da União Europeia

Portugal está integrado, desde segunda-feira, aos sistemas de informações da União Europeia, o que possibilita o controle de todas as pessoas de “países terceiros” que circulam pelos 27 países da EU. A Agência para a Imigração, Migrações e Asilo (AIMA) comunicou que agora está havendo um maior rigor na avaliação dos documentos de quem não possui passaporte europeu. A medida atinge até mesmo os brasileiros, que não precisam de visto para entrar em Portugal.

O órgão reconhece possíveis transtornos nos aeroportos portugueses, ressaltando que esse é o preço a ser pago por mais segurança no território europeu. A AIMA destaca que os novos sistemas “trazem uma gestão mais automatizada, rigorosa e eficiente da entrada e saída de cidadãos nacionais e estrangeiros no espaço Schengen (que compreende maior parte da UE), com impacto direto no controle de vistos, registro biométrico e histórico de movimentos de cidadãos de países terceiros”.

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