Presidente dos EUA demonstra preocupação com ataques russos à Ucrânia e repreende Zelensky por declarações que, segundo ele, não ajudam a resolver o conflito.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Durante o fim de semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras observações sobre os rumos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Após novos bombardeios russos deixarem mortos e feridos em território ucraniano, Trump expressou indignação com a postura do presidente russo, Vladimir Putin.
“Sempre tive um ótimo relacionamento com Vladimir Putin, da Rússia, mas algo aconteceu com ele. Ele ficou completamente LOUCO! Ele está matando muita gente desnecessariamente, e não estou falando apenas de soldados. Mísseis e drones estão sendo disparados contra cidades na Ucrânia, sem motivo algum”, escreveu Trump em suas redes sociais.
A declaração veio em um momento de forte intensificação dos ataques promovidos por Moscou, considerados os mais violentos dos últimos anos no cenário da guerra. Em entrevistas no mesmo dia, Trump reforçou seu posicionamento, revelando desconforto com a atual conduta do Kremlin. “Não estou satisfeito com o que Putin está fazendo. Ele está matando muita gente, e não sei o que aconteceu com Putin”, afirmou a repórteres.
Ao abordar o papel da Ucrânia, o líder americano também direcionou críticas à maneira como o presidente ucraniano vem se comunicando internacionalmente. Trump foi direto ao comentar as falas recentes de Zelensky, que responsabilizavam a falta de ação dos EUA por encorajar os avanços russos. “Da mesma forma, o presidente Zelensky não está fazendo nenhum favor ao seu país ao falar do jeito que fala”, apontou. Em seguida, acrescentou: “Tudo o que sai da boca dele causa problemas, eu não gosto disso e é melhor parar”.
Do lado russo, a resposta ao pronunciamento de Trump veio por meio do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Ele sugeriu que os comentários do presidente americano podem ter sido motivados pelo desgaste emocional do momento, mas reconheceu os esforços diplomáticos de Washington. “Somos realmente gratos aos americanos e ao presidente Trump pessoalmente por sua ajuda na organização e no lançamento deste processo de negociação”, afirmou. Peskov também mencionou que as circunstâncias atuais trazem reações mais carregadas emocionalmente.
A movimentação diplomática de Trump incluiu conversas telefônicas com Putin, Zelensky e líderes europeus, nas quais buscou estabelecer as bases para uma trégua temporária. Segundo o presidente dos EUA, o objetivo é alcançar um cessar-fogo imediato e abrir caminho para o fim definitivo da guerra. Ele reiterou que o entendimento precisa vir diretamente das partes envolvidas, sem imposições externas.
Apesar das tensões, Trump indicou que está disposto a considerar sanções adicionais contra Moscou, embora tenha ressaltado anteriormente que via espaço para avanços diplomáticos. A sinalização de endurecimento mostra que, ao mesmo tempo em que cobra contenção, Trump mantém o foco em pressionar por resultados concretos.
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