EUA enviam porta-aviões para o Oriente Médio e ameaçam esmagar Irã se atacar Israel

Movimentação de porta-aviões e ameaça de retaliação mostram que Washington não vai tolerar provocações de Teerã contra aliados no Oriente Médio.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

Os Estados Unidos elevaram o tom e a presença militar no Oriente Médio, deixando claro que não vão recuar diante das intimidações do Irã. Nesta segunda-feira (16), o porta-aviões USS Nimitz mudou sua rota habitual e foi deslocado para reforçar a frota americana já posicionada em águas estratégicas, em resposta à sequência de ataques trocados entre Israel e forças ligadas a Teerã.

A decisão foi tomada às pressas após uma avaliação de risco que envolveu autoridades militares e diplomáticas. O USS Nimitz, que atuava no Mar do Sul da China realizando operações de patrulha e segurança, cancelou uma parada programada no Vietnã para atender a uma “prioridade operacional de emergência”, conforme revelaram fontes ligadas ao governo americano.

Enquanto isso, outro porta-aviões, o USS Carl Vinson, segue ancorado na região para monitorar possíveis movimentações de mísseis e prover defesa para aliados ocidentais. A presença de dois gigantes de guerra simultaneamente em um ponto tão tenso é um recado direto ao Irã, que vem ameaçando retaliar qualquer nação que ajude Israel na defesa de seu território.

Para analistas, a manobra reforça a postura pró-Israel de Washington, que mesmo sem se envolver em bombardeios diretos a instalações iranianas, atua decisivamente na neutralização de mísseis lançados contra território israelense.

A resposta do presidente Donald Trump não poderia ser mais clara. Em mensagem publicada na plataforma Truth Social, ele deixou um aviso que repercutiu em todo o mundo: “Os EUA não tiveram nada a ver com o ataque ao Irã esta noite. Se formos atacados de qualquer forma pelo Irã, toda a força e poder das Forças Armadas dos EUA recairão sobre vocês em níveis nunca vistos antes”.

Oficialmente, a Casa Branca defende que a mobilização é uma medida preventiva para proteger vidas civis e garantir a segurança de tropas e representações diplomáticas na região, além de enviar um forte sinal de que não permitirá que o Irã amplie sua ofensiva contra Israel ou contra bases aliadas.

Enquanto isso, Israel conta com o respaldo moral e logístico de Washington para prosseguir com suas ações de autodefesa. Para o governo israelense, o suporte americano é essencial para conter as investidas de grupos apoiados por Teerã e manter a população fora de risco.

O clima na comunidade internacional ainda é de alerta máximo. Diplomatas do Ocidente afirmam que qualquer novo ataque direto contra interesses americanos pode desencadear uma reação militar em grande escala, algo que ninguém quer ver acontecer, mas que os EUA deixam claro estar preparados para executar se for necessário.

A expectativa agora é de que a presença reforçada das forças navais funcione como um freio imediato às ameaças iranianas e contribua para reduzir a escalada antes que o conflito saia de controle, num dos momentos mais delicados da geopolítica mundial nos últimos anos.

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