
Enquanto minimiza ameaças do Irã, Itamaraty ataca ação de Trump que visa proteger Israel de um regime hostil e nuclear.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O governo brasileiro expôs sua postura contraditória no último domingo (22) ao condenar a operação militar dos Estados Unidos, autorizada pelo presidente Donald Trump para destruir instalações nucleares do Irã, mas ignorar o recente ataque de mísseis lançado por Teerã contra áreas civis em Israel. Enquanto critica Washington e Israel, o Itamaraty omite o terror imposto a famílias israelenses que correram para abrigos em plena madrugada, com feridos e pânico em Tel Aviv.
Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores tentou colocar em xeque a decisão americana de conter o avanço nuclear iraniano, alegando que a medida fere princípios internacionais. O texto afirma: “O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional”.
Ao insistir em apontar Israel como culpado, o Palácio do Planalto ignora que a população israelense foi alvo de foguetes disparados diretamente de território iraniano. Enquanto isso, a ação coordenada entre EUA e Israel visa justamente impedir que Teerã fortaleça sua capacidade de enriquecer urânio, um risco real para toda a região e para a segurança global.
Apesar de enfatizar riscos radioativos em caso de ataques às usinas, o Itamaraty não menciona o terror psicológico imposto aos israelenses, que correm para abrigos a cada sirene de alerta. No comunicado, a diplomacia brasileira reforça: “Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala”.
Ignorando o contexto, o governo brasileiro ainda destaca que é contrário à proliferação nuclear — algo que os EUA, sob Trump, buscam impedir com operações preventivas. O texto reforça: “O Brasil também repudia ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, os quais têm provocado crescente número de vítimas e danos a infraestrutura civil, incluindo instalações hospitalares, as quais são especialmente protegidas pelo direito internacional humanitário”.
Mesmo sem citar o bombardeio iraniano contra Tel Aviv, o governo brasileiro prefere encerrar a nota com uma declaração vaga: “As consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear.”
Enquanto o governo brasileiro critica quem age para conter o Irã, Trump deixa claro que a prioridade dos Estados Unidos é proteger aliados históricos como Israel e impedir que o regime iraniano tenha armas nucleares para ameaçar o Ocidente. Para Jerusalém, a confiança é de que o apoio de Washington seguirá inabalável, independente de críticas externas.
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