
Após ser atacado por Lula, Eduardo Bolsonaro defende sua atuação nos EUA e diz que continuará denunciando abusos do STF.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A reação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) veio de forma imediata e firme após declarações ofensivas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar, que está nos Estados Unidos para tratar de possíveis sanções contra autoridades brasileiras acusadas de abusos, rebateu Lula nas redes sociais nesta terça-feira (3), e não poupou críticas ao chefe do Executivo.
“Lula não tem moral alguma para falar sobre interferência internacional”, escreveu Eduardo em seu perfil na rede X. A resposta foi uma clara rejeição à tentativa do presidente de deslegitimar sua atuação no exterior. Lula havia atacado o deputado o chamando de “lambe botas do Trump” e acusado sua conduta de ser “terrorista”.
Desde o início do novo governo de Donald Trump, lideranças conservadoras brasileiras intensificaram o diálogo com autoridades norte-americanas sobre o avanço do autoritarismo judicial no Brasil. A situação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, passou a ser alvo de denúncias junto ao Congresso dos EUA e ao governo republicano.
Um ponto central da atuação de Eduardo nos Estados Unidos é a articulação em torno da chamada Lei Magnitsky, mecanismo legal americano que permite a imposição de sanções a indivíduos acusados de violações de direitos humanos. Segundo o deputado, há elementos suficientes para que Moraes seja responsabilizado internacionalmente pelas decisões que têm afetado lideranças da direita no país.
Ao se referir ao resultado das eleições de 2022, Eduardo afirmou em sua publicação que “a administração Biden interferiu nas eleições do Brasil”. A acusação, embora polêmica, evidencia o entendimento do deputado de que houve ingerência estrangeira no pleito e reforça seu posicionamento contrário ao atual governo dos Estados Unidos.
Durante um evento no Palácio do Planalto, Lula intensificou os ataques ao deputado licenciado. “É lamentável que um deputado brasileiro, filho do ex-presidente, está lá a convocar os Estados Unidos para se meter na política interna do Brasil. É isso que é grave. Isso que é uma prática terrorista, antipatriótica”, afirmou. Em outro momento, completou: “O cidadão pede licença [do mandato de deputado] para ficar tentando lamber as botas do [Donald] Trump e pedindo intervenção na política brasileira”.
Apesar das críticas, Eduardo Bolsonaro segue contando com o apoio de lideranças conservadoras americanas, e sua agenda tem sido voltada à defesa das liberdades civis e à denúncia de práticas autoritárias por parte de membros do Judiciário brasileiro. Sua presença nos EUA é vista, por aliados, como uma estratégia legítima de resistência democrática e de reforço ao diálogo internacional sobre a situação política no Brasil.
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