Paquistão quer indicar Trump ao Nobel da Paz por cessar-fogo com a Índia

Presidente dos EUA é reconhecido por mediar cessar-fogo entre Índia e Paquistão, evitando escalada militar na Caxemira.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

O governo do Paquistão anunciou neste sábado (21) que pretende indicar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz. A decisão vem em meio ao reconhecimento do papel do republicano na recente contenção do conflito entre Índia e Paquistão, que ameaçava a segurança regional.

Através de sua diplomacia ativa, Trump foi fundamental para estabelecer um cessar-fogo em maio, após quatro dias de confrontos violentos na região da Caxemira, evitando uma escalada ainda mais grave. Islamabad afirmou que essa intervenção evitou um conflito de proporções maiores.

“O presidente Trump demonstrou grande visão estratégica e notável capacidade de governar”, declarou o governo paquistanês em um comunicado oficial, destacando a importância da atuação do ex-líder americano.

Por outro lado, a Índia argumenta que o cessar-fogo foi resultado de um acordo bilateral entre as forças militares dos dois países, firmado no dia 10 de maio. O confronto teve início em 22 de abril, após um ataque armado na Caxemira que matou 26 civis.

Nova Délhi responsabilizou grupos jihadistas apoiados por organizações paquistanesas, o que foi negado por Islamabad. A Índia respondeu com ataques aéreos contra supostos campos terroristas, ao passo que o Paquistão retaliou com lançamentos de mísseis e drones em alvos militares indianos, incluindo a base aérea de Awantipora.

Fontes oficiais de ambos os lados confirmam que mais de 60 civis morreram e milhares foram deslocados em decorrência dos combates na região.

Donald Trump, que frequentemente manifestou seu desejo de ser laureado com o Nobel da Paz, compartilhou recentemente uma lista dos conflitos que diz ter ajudado a resolver, incluindo o embate entre Índia e Paquistão. Em tom de desabafo, afirmou: “Nunca receberei o Prêmio Nobel da Paz, não importa o que eu faça”.

Apesar do apoio paquistanês à indicação, alguns críticos levantam objeções devido à postura de Trump em relação a Israel na guerra contra o Hamas em Gaza. O jornalista Talat Hussain comentou na rede X: “O padrinho de Israel em Gaza não pode ser candidato a nenhum prêmio”.

Mesmo com as controvérsias, a iniciativa do Paquistão reforça o reconhecimento do papel diplomático de Trump na estabilização de uma das regiões mais sensíveis do mundo.

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