Eduardo Bolsonaro desafia Moraes e diz estar ‘100% pronto’ para a Presidência

Deputado reforça que está preparado para disputar a Presidência se tiver aval do pai e diz contar com apoio americano para enfrentar decisões do STF.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

No fim de semana, Eduardo Bolsonaro fez questão de mostrar que não descarta protagonizar a corrida presidencial em 2026. Durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Miami, o deputado licenciado reafirmou que está pronto para assumir a tarefa, caso receba o aval de Jair Bolsonaro.

A possibilidade depende, segundo ele, de mudanças no cenário político, principalmente fora do Brasil. Em conversa com Allan dos Santos, Eduardo deixou claro que o foco no momento é pressionar o governo dos Estados Unidos a agir. “Primeiro a gente tem que sancionar o Moraes, né? Mas eu acho que, saindo a sanção do Moraes, a gente também tem uma boa janela de oportunidade para deixar o Congresso livre e as instituições do Brasil livres para reagir a tudo isso. Porque, dentro do Congresso, você já tem os votos para a anistia ser aprovada. Falta só o Congresso sair das garras do Alexandre de Moraes.”

Para o deputado, a expectativa é que o movimento avance nos próximos meses, apesar de outros assuntos dominarem a agenda externa. Ele ressaltou que a burocracia já foi superada. “A boa notícia é que já está tudo pronto para que as sanções ocorram. Toda a burocracia já foi feita, e elas só não saíram ainda por conta dessa prioridade com o que está se passando agora na guerra de Israel com o Irã, que está tendo o apoio dos Estados Unidos. Então a gente está buscando espaço para que seja dada essa atenção ao Brasil.”

Nos bastidores conservadores, cresce a confiança de que o parlamentar pode reunir a base bolsonarista e ampliar pontes com apoiadores estrangeiros. Eduardo também apontou para os riscos de deixar a atual conjuntura sem resposta. “A gente sabe que o Irã representa o risco de uma guerra nuclear, o risco de arrastar o mundo para uma terceira guerra mundial. Mas o Brasil também: a cada momento que se deixa de sancionar o Moraes, abre-se uma janela de oportunidade para o regime se consolidar.”

Além de pedir sanções, Eduardo critica abertamente decisões que, segundo ele, colocam em risco direitos básicos. Ele citou a decisão recente sobre a responsabilidade das redes sociais como um exemplo claro. “Veja agora, né? Esta semana houve uma decisão determinando que as empresas de redes sociais serão responsáveis por aquilo que for postado pelos usuários — algo que terá repercussões bizarras. Essa institucionalização da censura ‘à la China’ vai gerar consequências graves. E só ocorreu porque o Alexandre de Moraes está confortável, encabeçando esse movimento. Se ele tivesse sido sancionado uma semana atrás, isso não estaria ocorrendo hoje.”

Para a base conservadora, as falas de Eduardo renovam a expectativa de manter o projeto político em movimento, mesmo com os desafios impostos pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro. E, pelo tom do discurso, caso seja chamado, o filho já avisou: “Quando isso acontecer, a gente vai ter a possibilidade de Bolsonaro ser presidente, se candidatar no ano que vem. Mas se ele passar a missão para mim, pode ter certeza de que eu estou 100% pronto para cumpri-la.”

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