Filho de “El Chapo” admite crimes nos EUA, mas ainda pode pegar prisão perpétua

Ovidio Guzmán, filho de ‘El Chapo’, admite crimes e enfrenta prisão perpétua; enquanto o legado sombrio do Cartel de Sinaloa persiste nos EUA.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

Ovidio Guzmán López, um dos herdeiros do império criminoso de Joaquín “El Chapo” Guzmán, firmou um acordo com a Justiça norte-americana, mas ainda enfrenta a possibilidade de ser condenado à prisão perpétua.

Conhecido como “El Ratón” ou “Ratón Nuevo”, Ovidio, de 35 anos, participou de uma audiência na última sexta-feira (11), no Tribunal de Chicago, onde confessou ter supervisionado a produção e o envio de drogas como cocaína, heroína, metanfetamina, maconha e fentanil para os Estados Unidos.

Apesar do acordo com os promotores, que pode atenuar sua pena, Ovidio responde a diversas acusações graves, incluindo participação em organização criminosa contínua, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e posse ilegal de armas. Ele optou por adiar a sentença para uma data futura.

Liderança no Cartel de Sinaloa

Durante a audiência, Ovidio admitiu sua atuação como líder do Cartel de Sinaloa, organização fundada por seu pai, “El Chapo”, hoje cumprindo pena de prisão perpétua em um presídio de segurança máxima no Colorado.

Após a prisão de El Chapo, em 2016, Ovidio e seus irmãos — conhecidos como “Chapitos” ou “Pequenos Chapos” — teriam assumido o comando do cartel e ampliado significativamente o tráfico de fentanil, uma droga sintética que tem causado milhares de mortes nos Estados Unidos.

Irmãos, acordos e prisões recentes

O caso de Ovidio se conecta a outros desdobramentos recentes na luta contra o narcotráfico. Seu irmão, Joaquín Guzmán López, foi preso em El Paso, no Texas, ao lado de Ismael “El Mayo” Zambada, um dos líderes históricos do cartel.

A operação que resultou na prisão de ambos foi possível após os promotores convencerem Joaquín a transportar Zambada para os EUA em um jato particular. Apesar disso, Joaquín se declarou inocente, e os promotores informaram que não irão solicitar pena de morte no caso dele. Já Zambada também negou as acusações, mas estaria avaliando um possível acordo, desde que a pena capital seja descartada.

Fentanil e tensão diplomática

A extradição de Ovidio Guzmán em setembro de 2023 para os EUA faz parte de uma estratégia mais ampla das autoridades americanas para combater o tráfico de fentanil, que se tornou uma crise de saúde pública no país.

A cooperação entre México e Estados Unidos no combate às drogas tem sido frequentemente discutida nas relações diplomáticas — sobretudo durante a gestão do ex-presidente Donald Trump, que pressionou o governo mexicano a endurecer as ações contra o narcotráfico, especialmente em relação ao fentanil, em troca de concessões comerciais.

 

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