Aumento de infecções por Vibrio vulnificus preocupa autoridades de saúde nos Estados Unidos

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Bactéria presente em águas costeiras e frutos do mar crus provoca casos graves; especialistas orientam cuidados redobrados com feridas e alimentos mal cozidos.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Autoridades de saúde dos Estados Unidos alertam sobre o aumento das infecções causadas pela bactéria Vibrio vulnificus, presente em águas costeiras e estuários, especialmente durante os meses mais quentes, de maio a outubro. A bactéria, conhecida por provocar casos graves e até fatais, tem registrado maior incidência nos estados da Costa do Golfo, mas registros também vêm sendo feitos na Costa Leste do país e até em áreas mais ao norte, como Massachusetts.

O Vibrio vulnificus é responsável por aproximadamente 200 dos mais de 1.000 casos de doenças causadas por diferentes tipos de Vibrio nos Estados Unidos a cada ano, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). A taxa de mortalidade das infecções pode chegar a 20%, particularmente quando a bactéria entra no corpo por meio de feridas expostas à água salgada ou salobra. Casos também podem ocorrer pelo consumo de frutos do mar crus ou mal cozidos, com destaque para ostras.

Especialistas alertam que pessoas com doenças crônicas, como problemas hepáticos, diabetes ou sistema imunológico enfraquecido, estão em maior risco de complicações graves. Em alguns casos, a infecção pode exigir múltiplas cirurgias para remover tecido necrosado, e até amputações, caso não seja tratada rapidamente.

Os estados da Louisiana e Flórida registram aumento significativo de casos neste verão. Até o momento, a Louisiana notificou 20 infecções, incluindo quatro mortes, enquanto a Flórida registrou 17 casos e cinco óbitos. Autoridades destacam que o número de infecções varia a cada ano, influenciado por fatores como tempestades tropicais e temporada de furacões.

A bactéria se desenvolve em condições ideais de salinidade e temperatura da água, comuns durante o verão nos estados costeiros. Pesquisas indicam que mudanças climáticas estão contribuindo para a expansão da bactéria para regiões mais ao norte da costa leste, aumentando o risco de novos surtos.

Medidas de prevenção
Para reduzir o risco de infecção, especialistas recomendam evitar contato com águas costeiras em caso de feridas abertas, cortes recentes, piercings ou tatuagens recentes, além de cobrir qualquer ferida com curativos à prova d’água. Em caso de contato, deve-se lavar imediatamente o local com água corrente limpa e sabão.

Também é essencial evitar o consumo de frutos do mar crus ou mal cozidos, em especial ostras. Ao preparar mariscos, as autoridades orientam descartar aqueles com cascas abertas antes do cozimento e higienizar mãos e utensílios após o manuseio. Pessoas com maior risco de complicações devem usar luvas ao manipular frutos do mar crus.

Sinais de infecção incluem febre, calafrios, vermelhidão, inchaço e bolhas na pele, que podem evoluir rapidamente para necrose. Qualquer suspeita de infecção deve ser tratada imediatamente por profissionais de saúde, que podem prescrever antibióticos específicos e avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica.

O CDC reforça que a conscientização e a prevenção são essenciais para evitar surtos, especialmente em períodos de maior incidência da bactéria.

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