
Israel Katz critica presidente brasileiro, aponta apoio ao Hamas e reforça tensão diplomática entre os dois países.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, acusou nesta terça-feira (26) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ser antissemita e de apoiar o Hamas, em publicação nas redes sociais em português. Katz afirmou que Lula “revelou sua verdadeira face” como opositor ao povo judeu ao retirar o Brasil da Aliança Internacional para Memória do Holocausto (IHRA), movimento do qual o País era membro observador desde 2021.
A saída do Brasil da IHRA ocorreu em julho deste ano e gerou críticas imediatas. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) repudiou a decisão, afirmando que a medida representa um retrocesso moral e diplomático, em um momento de aumento significativo de casos de antissemitismo no Brasil e no mundo.
Em sua publicação, Katz compartilhou uma imagem produzida com inteligência artificial em que Lula aparece como marionete do aiatolá Ali Khamenei, do Irã.
“Vergonha para o maravilhoso povo brasileiro e para os muitos amigos de Israel no Brasil que este seja o seu presidente. Dias melhores ainda virão para a relação entre nossos países”, declarou o ministro israelense.
A decisão de sair da IHRA se soma à participação do Brasil, dias após a saída, em ação movida pela África do Sul contra Israel, no Tribunal Internacional de Justiça, acusando o país de cometer genocídio na Faixa de Gaza, conforme nota oficial do Itamaraty. O episódio marca um momento de tensão nas relações internacionais do Brasil e evidencia o alinhamento diplomático do governo brasileiro com posições críticas a Israel.
A adesão à IHRA havia sido feita pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) em 2021, quando o Brasil passou a integrar o organismo como membro observador, reforçando laços com a comunidade internacional em defesa da memória do Holocausto. A saída, agora, gera repercussão negativa em setores da sociedade e ameaça afetar relações comerciais, culturais e políticas entre Brasil e Israel.
Especialistas em relações internacionais avaliam que a decisão pode aumentar o isolamento diplomático do Brasil e gerar críticas de aliados estratégicos. A repercussão internacional também coloca em evidência o debate sobre liberdade de expressão e posicionamento político em temas sensíveis, como direitos humanos e combate ao antissemitismo.
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