Pesquisa da OMS revela casos preocupantes de abusos na gravidez e no parto

Foto: Getty Images
Estudo expõe exames sem autorização, negligência médica e até agressões físicas contra gestantes em diferentes países.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Alta incidência de maus-tratos na maternidade

Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que pelo menos 40% das mulheres entrevistadas em quatro países relataram ter sofrido maus-tratos ou abusos médicos durante a gravidez ou o parto.
Entre os casos relatados estão agressões físicas na sala de parto, negligência médica e procedimentos realizados sem o consentimento das pacientes.

Procedimentos sem consentimento

O levantamento aponta que, em exames vaginais, seis em cada 10 não tinham a autorização da paciente.
Além disso, 75% dos procedimentos mais delicados foram realizados sem o consentimento das mulheres, o que representa uma violação grave dos direitos das gestantes.

Recomendações da OMS

A OMS reforça que o respeito e o cuidado humanizado devem estar no centro de todas as estratégias de saúde materna e neonatal.
O novo compêndio do Programa de Reprodução Humana da OMS, lançado neste mês em Genebra, apresenta medidas práticas para garantir o atendimento respeitoso, assegurando os direitos e as preferências de mães, recém-nascidos e famílias.

Relatos de violência e discriminação

O estudo também revela situações alarmantes: mulheres que foram esbofeteadas, contidas à força ou alvo de gritos durante o trabalho de parto.
Mais de quatro em cada dez mulheres relataram abuso físico ou verbal e, em alguns casos, discriminação por parte dos profissionais de saúde.

Histórico e necessidade de mudanças

Uma pesquisa anterior, publicada em 2019 na revista The Lancet, já havia identificado padrões semelhantes de maus-tratos em Gana, Guiné, Mianmar e Nigéria, com entrevistas realizadas com 2.016 mulheres.
Em 2014, a OMS publicou uma declaração sobre prevenção de desrespeito e abuso no parto, mas o problema persiste, segundo a médica da organização Hedieh Mehrtash, que destaca: “Com frequência, as mulheres não participam das decisões e são tratadas com desprezo ou abuso”.

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