
Operação Smoke II cumpre mandados contra grupo acusado de falsificação, desmatamento e movimentação ilícita de mais de R$ 70 milhões.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (22/8) a segunda fase da Operação Smoke, com foco em um esquema criminoso que envolvia grilagem de terras públicas, desmatamento em larga escala e fraude documental na região amazônica. A ação cumpriu mandados no Acre e no Amazonas, atingindo um grupo apontado como responsável por movimentar valores superiores a R$ 70 milhões em atividades ilegais.
As investigações revelam que a organização criminosa atuava de forma contínua e estruturada, promovendo o desmatamento de mais de 900 hectares de floresta nativa para posterior queimada e uso da área em pecuária clandestina.
As principais vítimas desse esquema foram a União e a sociedade brasileira. A apropriação ilícita de terras públicas gerou prejuízos milionários ao patrimônio nacional, além de comprometer comunidades locais, que sofrem com a perda de recursos naturais, queimadas ilegais e instabilidade fundiária.
De acordo com a PF, os investigados utilizaram um conjunto de estratégias para esconder a real autoria dos crimes: falsificação de documentos, inclusão de dados falsos em sistemas oficiais e contratos simulados para dar aparência de legalidade às terras griladas.
A operação contou com seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e ordens judiciais de sequestro de bens. O bloqueio patrimonial visa impedir que os acusados continuem lucrando com a exploração ilegal.
Além da grilagem, o grupo teria arrendado ilegalmente áreas embargadas, introduzido rebanhos bovinos em terras públicas e financiado atividades de desmatamento. Segundo a PF, tratava-se de uma associação criminosa sofisticada, com planejamento de longo prazo e forte capacidade de encobrir provas.
“Essa é uma atuação reiterada, que não apenas destrói a floresta, mas também frauda documentos públicos, lesa a União e compromete a credibilidade de todo o sistema de proteção ambiental do país”, destacou uma fonte ligada à investigação.
A ofensiva demonstra a preocupação crescente das autoridades com o avanço da criminalidade ambiental na Amazônia e deve abrir espaço para novas fases da investigação.
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