
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (1) pelo superintendente-chefe da polícia de imigração, João Ribeiro, em entrevista à imprensa internacional
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Na primeira semana de funcionamento, a Unidade Especial de Fronteiras (UNEF) da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Portugal realizou cerca de 30 operações, que resultaram na identificação de quase 100 cidadãos estrangeiros em situação irregular no país. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (1) pelo superintendente-chefe da polícia de imigração, João Ribeiro, em entrevista à imprensa internacional.
O dirigente da UNEF ressalta que o foco do trabalho é no reforço da segurança em Portugal, respeitando as regras europeias de proteção da dignidade humana. “Há muitas pessoas em centros de instalação temporária. Além disso, registramos uma elevada taxa de detecção de cidadãos que não cumpriram notificações de saída voluntária. Nestes casos, são detidos e apresentados a um juiz que valida ou não o afastamento”, explica.
De acordo com Ribeiro, as nacionalidades mais frequentes nos casos de remoção do país são a Índia, Paquistão, Bangladesh e Nepal, além de imigrantes da América do Sul, sobretudo do Brasil, e diversos países africanos. As primeiras operações se concentraram na região Oeste do país e nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
O chefe da polícia de imigração salienta que a formação dos profissionais segue os referenciais da Frontex, agência europeia de fronteiras, em consonância com o espaço Schengen, que permite a livre circulação de cidadãos europeus e estrangeiros com visto válido. “O pilar central é o respeito pelos direitos humanos. Qualquer violação tem consequências disciplinares ou criminais”, assegura.
UNEF assumiu competências da AIMA
Instituída recentemente, através de um projeto aprovado pelo Parlamento de Portugal, a UNEF tem como finalidade reforçar o controle das fronteiras e comandar os processos de deportação de imigrantes irregulares. A unidade da PSP assumiu competências que antes eram da Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
Mesmo com compromisso de cumprir rigorosamente suas atribuições, a unidade policial deve tratar os imigrantes com dignidade, segundo Ribeiro. “Uma pessoa em situação irregular não é um delinquente. Está numa situação que obriga a um processo de afastamento, mas o nosso objetivo é garantir segurança com respeito pela dignidade humana.”
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