
Ministério da Saúde e 13 países discutem estratégias conjuntas em Brasília para ampliar educação sexual, acesso a contraceptivos e combater desigualdades de gênero
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O Brasil sediou nesta terça-feira (21) um encontro de alto nível entre representantes de 13 países da América Latina e Caribe, organismos internacionais e especialistas em saúde sexual e reprodutiva, com o objetivo de acelerar a prevenção da gravidez na adolescência e reduzir desigualdades regionais.
O evento, intitulado “Futuro Sustentável – Prevenção da Gravidez na Adolescência na América Latina e Caribe”, foi realizado em Brasília e contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, além de representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e UNICEF.
Compromisso pela equidade e pela saúde das meninas
Durante o encontro, os países reafirmaram seu compromisso com políticas públicas que assegurem educação sexual integral, acesso gratuito a métodos contraceptivos modernos e ações intersetoriais de apoio a meninas e jovens em situação de vulnerabilidade.
“Precisamos garantir que o tema da saúde integral da mulher e da gravidez na adolescência esteja nas mais altas instâncias do governo. Enfrentar a gravidez precoce é também enfrentar as desigualdades de gênero e raça que marcam nossa região”, afirmou o ministro Alexandre Padilha.
A representante do UNFPA Brasil, Florbela Fernandes, reforçou a importância de tratar o tema como prioridade global:
“Não haverá desenvolvimento sustentável enquanto os sonhos das meninas forem interrompidos por gravidezes não intencionais. É hora de transformar compromissos em ações mensuráveis e gerar impacto real”, declarou.
Desigualdades ainda preocupam
Apesar dos avanços, a América Latina e o Caribe ainda ocupam o segundo lugar no mundo em taxas de fecundidade adolescente, ficando atrás apenas da África Subsaariana. Segundo dados das Nações Unidas, a taxa regional caiu de 65,3 nascimentos por mil adolescentes (15 a 19 anos) em 2015 para 50,6 em 2024, mas ainda está acima da média global, que é de 39 por mil.
O problema afeta de forma desproporcional meninas pobres, indígenas, afrodescendentes e moradoras de áreas rurais, refletindo desigualdades de gênero, raça, renda e acesso à educação.
“A redução da gravidez na adolescência exige metas claras, financiamento adequado, educação sexual e uma resposta multissetorial centrada na equidade e na justiça reprodutiva”, alertou Cristian Morales, representante da OPAS e OMS no Brasil.
Cooperação e futuro sustentável
O representante do UNICEF no Brasil, Joaquin Gonzalez-Aleman, destacou a importância da cooperação regional e da escuta ativa dos jovens nas decisões políticas:
“Não podemos enfrentar o cenário de gravidez na adolescência sem incluir as vozes das próprias adolescentes. As nações presentes podem contar com o apoio do UNICEF para transformar compromissos em ações concretas.”
O encontro em Brasília marca um passo decisivo para que a região avance rumo a um futuro mais saudável, justo e com oportunidades iguais para todas as meninas da América Latina e do Caribe.
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