
Mãe de Madeleine McCann relatou momentos de medo e angústia ao testemunhar contra duas rés que afirmam ter ligação com o desaparecimento da filha
Por Tatiane Martinelli |GNEWSUSA
Kate McCann voltou a ser o centro das atenções em um tribunal britânico, ao enfrentar uma das experiências mais delicadas desde o desaparecimento da filha, Madeleine McCann, em 2007. A mãe da menina prestou depoimento no Tribunal da Coroa de Leicester contra duas mulheres acusadas de persegui-la e causar sofrimento emocional.
De acordo com informações, Kate falou ao júri atrás de uma cortina, medida adotada para evitar contato visual com as rés e preservar seu bem-estar psicológico. Do outro lado estavam Julia Wendell, de 24 anos — que chegou a afirmar ser Madeleine — e Karen Spragg, de 61. Ambas negam as acusações de perseguição entre junho de 2022 e fevereiro de 2024.
A promotoria relatou que Julia iniciou o contato com a família McCann há mais de três anos, convencida de que era a menina desaparecida em Portugal. A jovem teria enviado mensagens e cartas assinadas como Madeleine, pedindo a Kate a chance de provar sua identidade. “Deixe-me mostrar que não sou uma mentirosa”, dizia em um dos trechos apresentados no tribunal.
Kate afirmou que nunca respondeu às mensagens, seguindo orientação policial. O caso, porém, escalou em dezembro de 2024, quando Julia e Karen foram até a residência da família McCann, em Leicestershire. Kate relatou ter sido abordada ao estacionar o carro. “Ouvi alguém me chamar e, quando percebi quem era, fiquei apavorada”, contou. Uma das mulheres a chamou de “mãe” e insistiu em realizar um teste de DNA.
Durante o depoimento, a mãe de Madeleine descreveu o episódio como “angustiante”, relatando que tentou se proteger ao entrar em casa, mas uma das rés impediu o fechamento da porta. “Foi um momento de medo e choque”, declarou.
O depoimento terminou em clima de tensão. Julia chorou intensamente no banco dos réus e gritou: “Por que você está fazendo isso comigo?”. Ela precisou ser retirada do tribunal por seguranças. O julgamento segue em andamento e ainda não há data definida para a conclusão do caso.
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