Ataque aéreo em Beirute: Israel explode escritório do Hamas e mata vice-presidente do grupo terrorista

Izzat Al-Rishq, membro fundador do grupo, afirmou que Israel “assassinou covardemente” Saleh al-Arouri, 2º líder do Hamas

Por Nicole Cunha | GNEWSUSA

Nesta terça-feira, um drone israelense atingiu um escritório do grupo terrorista Hamas nos subúrbios ao sul de Beirute, resultando na morte de quatro pessoas. Entre os mortos está Saleh al-Arouri (57), vice-presidente do bureau político do Hamas.

“Os assassinatos covardes realizados pela ocupação sionista contra os líderes e símbolos de nosso povo palestino dentro e fora da Palestina não conseguirão quebrar a vontade e a firmeza de nosso povo ou minar a continuação de sua valente resistência“, disse o porta-voz do Hamas, Izzat al-Rishq.

Comandante militar do Hamas na Cisjordânia

Saleh al-Arouri, embora residente no Líbano, desempenhava o papel de comandante militar do Hamas na Cisjordânia. A confirmação da sua morte foi divulgada no Telegram das Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo.

Acredita-se que Arouri tenha sido o responsável pela idealização do ataque de 7 de outubro, durante o festival de música em Israel, o qual deu início à guerra. O comandante do Hamas exilou-se na Turquia, até que foi obrigado a fugir para o Qatar, e por fim criou a sede do grupo terrorista na Cisjordância.

A estação de televisão Manar, ligada ao grupo terrorista Hezbollah, relatou uma explosão próxima à rodovia Hadi Nasrallah, perto de um entroncamento rodoviário. Detalhes sobre a explosão ainda são escassos, mas testemunhas sugerem a possibilidade de um drone atingindo um prédio no local.

Confrontos intensificam tensões na Fronteira Sul

O ataque ocorre em meio aos confrontos quase diários entre o Hezbollah, aliado do Hamas, e Israel ao longo da fronteira sul do Líbano. Desde o início de outubro, ambos os lados têm trocado ataques aéreos e bombardeios, resultando em vítimas tanto do Hezbollah quanto entre civis.

Os confrontos recentes entre Israel e o Hezbollah resultaram em mais de cem mortes entre os membros do grupo libanês, além de quase duas dezenas de civis, incluindo crianças, idosos e jornalistas. Essa escalada de violência intensifica as tensões na região, aumentando as preocupações com a estabilidade do Oriente Médio.

Este evento marca mais um capítulo na complexa dinâmica regional, com desdobramentos políticos e humanitários que requerem atenção internacional.