Nesta quinta-feira, o estado do Alabama realizou a primeira execução utilizando gás nitrogênio nos Estados Unidos, implementando um método previamente não testado que tem sido alvo de debate. Kenneth Smith, condenado pelo assassinato de Elizabeth Dorlene Sennett em 1988, teve sua morte declarada às 20h25 no Centro Correcional William C. Holman, em Atmore, Alabama, após a Suprema Corte dos EUA rejeitar um recurso para suspender a execução.
Kenneth Eugene Smith, 58 anos, foi parte de um trágico episódio que levou à condenação de três homens pelo brutal assassinato a facadas de Sennett. O marido de Elizabeth, um pastor, contratou os agressores para perpetrar o crime em março de 1988, no condado de Colbert, Alabama. Conforme registros judiciais, Sennett, mãe de dois filhos, foi brutalmente esfaqueada 10 vezes durante o ataque orquestrado por Smith e outro indivíduo.
Charles Sennett, o marido, recrutou alguém para planejar o assassinato, e este último, por sua vez, contratou Smith e outro participante. O plano incluía a execução do assassinato para cobrar uma apólice de seguro feita para a esposa, de acordo com os autos do tribunal. Ele havia prometido aos homens US$ 1.000 (R$ 4.920) para cada um pelo assassinato. Smith, que tinha 22 anos na época do crime, expressou sua descrença na justiça ao afirmar que não seria justo o juiz anular a sentença do júri em seu caso.
Kenneth Eugene Smith foi condenado à morte pelo assassinato encomendado de Elizabeth Sennett em 1988. Foto: Reprodução.
Em um comunicado anterior, o governador Kay Ivey, do Alabama, destacou a mudança “necessária” para proibir juízes de anular decisões dos jurados. Contudo, os legisladores optaram por não tornar a lei retroativa, visando honrar sentenças já proferidas e as expectativas de justiça por parte dos familiares das vítimas.
Os advogados do estado defendem que a morte por hipóxia com nitrogênio é indolor, ocorrendo a inconsciência em questão de segundos, seguida de parada cardíaca. Ressaltaram que Smith e seus advogados próprios identificaram o método como preferível à prática conturbada de injeção letal no estado.
No entanto, momentos antes da execução, a defesa de Smith argumentou que o Alabama não estava adequadamente preparado, levantando preocupações sobre a máscara utilizada e a possibilidade de entrada de oxigênio, o que poderia prolongar o processo e causar sofrimento ao condenado.
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