Lula ignora crise na Venezuela e deixa aliados perplexos

Em contraste com outros países da América Latina, o presidente brasileiro se recusa a se posicionar sobre a expulsão de funcionários da ONU do país.

Por Carla Pereira|GNEWSUSA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) causou perplexidade ao declarar, neste domingo (18), que não tem informações sobre a crise entre a Venezuela e a ONU. A resposta vaga e omissiva do petista contrasta com a postura de outros países da América Latina, que condenaram a expulsão de funcionários do escritório de Direitos Humanos da ONU do país caribenho.

Questionado sobre o assunto durante entrevista coletiva na Etiópia, Lula se limitou a dizer: “Não tenho informações do que está acontecendo na Venezuela, a briga da Venezuela com a ONU”. Prometeu, ainda, se pronunciar com mais precisão após retornar ao Brasil e se reunir com a equipe de política externa.

A omissão de Lula é particularmente preocupante, visto o histórico de violações de direitos humanos na Venezuela, denunciadas por organismos internacionais como a própria ONU. A decisão do governo Maduro de expulsar os funcionários da ONU representa um retrocesso na luta por direitos humanos no país e coloca em risco a vida de milhares de venezuelanos.

Enquanto Lula se esquiva de responsabilidades, países como Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador e Paraguai manifestaram “profunda preocupação” com a crise e criticaram a Venezuela. A postura do presidente brasileiro, além de ser um desserviço à causa dos direitos humanos, isola o Brasil no cenário internacional e fragiliza a posição do país na defesa da democracia e da justiça.

Especialistas criticam omissão de Lula:

 

“A postura de Lula é um erro estratégico e moral”, afirma o cientista político Carlos Melo. “Ao se omitir diante de um caso tão grave, o presidente brasileiro fragiliza a imagem do país no exterior e mina sua capacidade de liderança regional.”

Para a socióloga Maria Hermínia Tavares de Almeida, a atitude de Lula é “inaceitável e incompreensível”. “O presidente tem o dever de se posicionar em defesa dos direitos humanos, independentemente de afinidades ideológicas com o governo venezuelano“, argumenta.

A crise na Venezuela exige uma resposta firme e contundente da comunidade internacional. O silêncio de Lula diante de tamanha atrocidade é um desserviço à democracia e aos valores que o Brasil sempre defendeu.

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