Grupo que se passava por políticos para aplicar golpes é desmantelado

Foto: reprodução.
 Operação Alto Escalão 2, cumpre oito mandados de busca e apreensão; investigados aplicavam golpes nas redes sociais, operação revela detalhes da fraude
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Na madrugada desta terça-feira (27), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a operação “Alto Escalão 2” contra um grupo que se passou por 17 senadores e deputados para aplicar golpes em redes sociais. A ação, com apoio das polícias civis do Piauí (PCPI) e Maranhão (PCMA), cumpre oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Timon (MA) e Teresina (PI). O objetivo é aprofundar as investigações e identificar todos os integrantes da organização criminosa atuante em todo o Brasil, especializada em crimes de fraude eletrônica.

Segundo o inquérito, a associação criminosa é formada por um homem de 26 anos de idade e quatro mulheres, apontados como os responsáveis por contatar as vítimas e se passar por políticos, especialmente senadores, em perfis falsos do WhatsApp.

Segundo o delegado Ataliba Neto, responsável pela 5ª Delegacia de Polícia, os autores que se passavam por parlamentares entravam em contato com as vítimas e informavam que havia uma doação disponível, porém, devido a um prazo que estava em vias de se esgotar, solicitavam empenho das vítimas em efetuar um depósito em dinheiro ao motorista de um caminhão em que os produtos estariam para poderem ser entregues na região da vítima.

Durante a investigação, foram identificados os seguintes parlamentares como vítimas:
Senadores: Ana Paula Lobato, PSB-MA; Carlos Viana, MG; Soraya Thronicke União-MS; Marcio Bittar, União-AC; Esperidião Amin, PP-SC; Luis Carlos Heinze, PP-RS; Marcelo Castro, MDB-PI; Vanderlan Cardoso, PSD-GO, dentre outros.
Deputados: Avante-MG; Rogério Corrêa, PT-MG; Natalia Bonavides, PT-RN; Diego Andrade, PSD-MG, dentre outros. Prefeitos: Amazan Silva, Jardim do Seridó – RN; Paulo Roberto Leite de Arruda, Vitória de Santo Antão – PE.

A investigação teve início em junho de 2023, após alguns senadores vítimas procurarem a delegacia para comunicar a prática de crimes usando os seus nomes. Os autores devem responder pelos crimes de associação criminosa, falsa identidade e estelionato, cujas penas somadas podem atingir nove anos de reclusão.

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