Chiquinho Brazão nega envolvimento na morte de Marielle em videoconferência na CCJ

Foto/Reprodução.

A incerteza persiste enquanto a prisão do deputado fluminense é discutida em meio a intensos questionamentos parlamentares

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

Na sessão desta terça-feira (26) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o debate sobre as acusações contra o deputado fluminense Chiquinho Brazão atingiu um ponto crítico. Brazão, acusado de estar envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco, enfrentou intensos questionamentos dos colegas parlamentares por meio de vídeoconferência.

Em sua defesa, Brazão enfatizou sua inocência, destacando uma relação de respeito e diálogo com Marielle durante seus mandatos na Câmara Legislativa do Rio de Janeiro. Ele afirmou: “Nosso relacionamento sempre foi pautado pela cordialidade e pelo diálogo. Apesar de eventuais divergências, jamais houve qualquer animosidade entre nós.”

Apesar disso, sua prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) manteve incertezas sobre seu futuro.

O pedido de adiamento da votação, liderado por deputados como Gilson Marques, refletiu a necessidade de uma análise mais detalhada do caso. Este adiamento prolongou a tensão em torno do destino de Brazão, que permanece detido enquanto aguarda uma decisão da Câmara ou do STF.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, reconheceu a sensibilidade do caso, mas indicou que o processo de análise da prisão não será adiantado. Ele afirmou: “Não há nenhum prejuízo para o processo, a investigação e qualquer tipo de coisa, porque todo o tempo que transcorrer é em desfavor do réu ou do parlamentar, que continuará preso até que o plenário da Câmara se posicione em votação aberta.”

Enquanto isso, advogados como Cleber Lopes defenderam Brazão, argumentando contra o que chamaram de “prisão antecipada”. Brazão também teve a oportunidade de se defender: “Tínhamos divergências políticas, mas tínhamos uma boa relação. Negar o crime é minha única opção.”

Com o feriado de Páscoa se aproximando e a janela partidária encerrando em breve, a votação sobre a prisão de Brazão é esperada para ocorrer próximo ao dia 10 de abril. Enquanto isso, a incerteza persiste, tanto para Brazão quanto para todos os envolvidos no caso, enquanto o debate sobre sua possível ligação com o assassinato de Marielle Franco continua a gerar tensão na CCJ da Câmara.

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