Lula busca apoio internacional para enfrentar a extrema-direita

Presidente brasileiro propõe encontro com líderes democráticos visando desenvolver uma estratégia conjunta para conter o avanço do conservadorismo global.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs na última terça-feira, 23 de abril de 2024,  organizar um encontro com líderes democráticos para confrontar o avanço da extrema-direita. Enquanto Lula argumenta em favor de uma ação coordenada para enfrentar os desafios representados pela ascensão do conservadorismo, alguns críticos expressam preocupações sobre os possíveis efeitos adversos dessa iniciativa.

“Os setores de esquerda, progressista, os setores democratas tem que se organizar. Eu falei com Pedro Sánchez, falei com Macron, estou tentando ver se a gente consegue fazer uma reunião com os chamadas presidentes democratas por ocasião da Assembleia Geral das Nações Unidas para a gente definir uma estratégia de como vamos, a nível internacional, enfrentar o crescimento da extrema-direita e suas matizes”, defendeu.

Entre as vozes críticas, há aqueles que questionam a viabilidade e a eficácia de uma abordagem global para lidar com questões políticas internas de cada país. Além disso, levanta-se o debate sobre até que ponto essa iniciativa pode ser interpretada como uma intervenção em assuntos soberanos de outras nações, potencialmente minando os princípios da autodeterminação e da não intervenção.

Ademais, há quem destaque a polarização política em curso em várias regiões do mundo e advirta que uma aliança anti-extrema-direita poderia aprofundar ainda mais essas divisões. O risco de uma escalada retórica e confrontos políticos acirrados é apontado como uma possível consequência desse tipo de coalizão.

Além das preocupações com a eficácia e os possíveis efeitos dessa iniciativa, alguns observadores questionam as motivações por trás da proposta de Lula, destacando suas próprias agendas políticas e interesses. Nesse sentido, a convocação para um encontro de líderes democráticos pode ser interpretada por alguns como uma tentativa de fortalecer sua própria posição política tanto a nível nacional quanto internacional.

Diante dessas considerações, a proposta de Lula para uma aliança contra a extrema-direita está longe de ser consensual, gerando debates acalorados sobre os rumos da política global e os limites da intervenção externa em assuntos domésticos de cada país.

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