Medida facilita transferência de recursos para regiões afetadas e mobiliza ação emergencial no estado.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O governo federal declarou estado de calamidade pública em 336 municípios do Rio Grande do Sul devido às fortes chuvas e enchentes que afetaram a região. Essa medida possibilita a transferência facilitada de recursos federais para esses locais, visando atender às necessidades urgentes decorrentes dos desastres naturais.
Entre os municípios beneficiados está Porto Alegre, a capital do estado, que também foi afetada pelas adversidades climáticas. Com o reconhecimento do estado de calamidade, as cidades têm a possibilidade de solicitar recursos da União para ações emergenciais, como desmontagem de edificações comprometidas, desobstrução de vias, fornecimento de energia, drenagem de águas pluviais, limpeza urbana, abastecimento de água potável e transporte coletivo.
O presidente Lula, em visita ao Rio Grande do Sul pela segunda vez no ultimo domingo(05/5), sobrevoou as áreas afetadas e anunciou a criação de um plano de prevenção de acidentes climáticos. Ele ressaltou a importância de antecipar-se aos desastres naturais e evitar a repetição de tragédias como as que ocorreram recentemente no estado.
Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, também acompanharam a visita e se comprometeram a buscar soluções rápidas e eficazes para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Pacheco sugeriu a adoção de um “orçamento de guerra”, similar ao utilizado durante a pandemia de Covid-19, para agilizar a recuperação do estado.
No total, 341 municípios gaúchos foram afetados pelas enchentes, impactando significativamente a vida da população. Os desafios incluem a falta de acesso a serviços básicos, como saúde e água potável, além da interdição de rodovias e hospitais. A situação é crítica, com milhares de desabrigados, desalojados e um número considerável de mortos e desaparecidos.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, destacou a necessidade de medidas urgentes e abrangentes para a reconstrução do estado, que enfrenta um cenário de “pós-guerra” devido aos estragos causados pelas enchentes. Entre as ações necessárias estão linhas de crédito, planos de recuperação para a agricultura e medidas ambientais para revitalização de áreas degradadas.
A situação é especialmente crítica em Porto Alegre, onde a população enfrenta escassez de água devido ao aumento do nível do rio Guaíba. O prefeito Sebastião Melo pediu aos moradores que têm casas no litoral para deixarem a cidade temporariamente, a fim de reduzir o consumo de água.
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